O mineiro, que já havia se aposentado das aulas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), morava em um sítio no povoado de Pirajuía, distrito de Jaquaribe, a 240 quilômetros de Salvador. Na noite de 4 de fevereiro, as investigações mostram que ele foi chamado por um homem na porta do sítio que se identificou com neto de uma amiga idosa do professor. O suspeito disse que precisava de ajuda para acudir a avó e solicitou a presença de Matraga, que nunca mais voltou para casa.
O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte em um matagal a 20 quilômetros do sítio por crianças que estavam na região. Veículos de comunicação da Bahia chegaram a divulgar que o professor se mudou para a região para atuar em conflitos de terra, mas a irmã de Matraga, Heloisa Aline, nega. “Meu irmão foi para o sítio porque queria qualidade de vida. Ele reduziu sua agenda de viagens e participações em congressos, desligou-se dos programas de pós-gradução da UFBA, estava escrevendo e vivendo vida de sitiante”, afirma.
Como amanhã o crime completa três meses sem solução e sem nenhum suspeito preso, a família pretende fazer a vigília na porta da Polícia Civil de Salvador.
Marcus Vinícius de Oliveira Silva se aposentou como professor doutor na UFBA e dedicou sua vida à luta antimanicomial, além de lutar pela reforma psiquiátrica do Brasil. Ele também foi conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e dos conselhos regionais de Psicologia da Bahia e de Minas Gerais durante anos..