Termina rebelião em Governador Valadares e refém é liberado ileso

O juiz da Vara de Execuções Penais (VEC) de Valadares, Thiago Connago Cabral, recebeu uma carta dos detentos com várias reivindicações, que não foram divulgadas

Pedro Ferreira

Depois de mais quatro horas de um princípio de rebelião na Penitenciária Francisco Floriano de Paula, no distrito de Nova Floresta, a 20 quilômetros de Governador Valadares, Vale do Rio Doce, um agente penitenciário mantido como refém foi liberado pelos presos do regime semiaberto.

Eles exigiram a presença do juiz da Vara de Execuções Penais (VEC) de Valadares, Thiago Connago Cabral, que recebeu uma carta dos detentos com várias reivindicações. O conteúdo da carta não foi divulgado.

 

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o refém não sofreu agressão física. O motim teve início por volta das 10h, quando começava o horário da visita de parentes de presos, que foi suspensa imediatamente. Apenas três visitantes haviam entrado no presídio, mas não sofreram nada, segundo a Seds.

O agente penitenciário foi liberado às 14h46. A Seds informou não considerar o episódio uma rebelião, por envolver apenas seis presos de uma cela do semiaberto. "A situação está sob controle e o caso será encaminhado ao Poder Judiciário para definir a situação dos presos que estão sob o regime semiaberto", informou a assessoria de imprensa do governo de Minas Gerais. Uma das prováveis causas do motim pode ter sido a instalação de bloqueadores de celulares no presídio recentemente, segundo a assessoria de imprensa.

A Polícia Militar enviou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para o local tão logo a vítima foi tomada como refém, para apoiar os trabalhos e averiguar o que estava ocorrendo na unidade.

O tenente-coronel Fabrício Casotti, comandante do 43º Batalhão da PM, conta que os presos exigiram a presença do juiz da VEC.

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