Cerca de 100 pessoas, segundo a Guarda Municipal de Contagem, participaram de uma manifestação neste sábado, em frente à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) JK, em Contagem, reivindicando melhores condições de saúde no estado. O protesto foi organizado por parentes do empresário Wesley Gomes Martins, de 31 anos, morto mês passado, depois de receber diagnóstico inicial de dengue. Durante a manifestação, que seguiu pelas ruas do Bairro Eldorado, o trânsito ficou bastante lento.
O caso tomou grande dimensão depois da veiculação de um vídeo em uma rede social em que aparece o empresário deitado em um colchonete no chão da UPA JK. No dia seguinte, ele foi levado para a UPA Centro-Sul, em Belo Horizonte, onde acabou morrendo com suspeita de dengue hemorrágica.
A Secretaria de Saúde de Contagem alega que o paciente recebeu todo o atendimento necessário. Mesmo assim, a família tomou a decisão de retirá-lo da UPA JK, depois de ser alertada sobre os riscos pelo médico plantonista. De qualquer maneira, estão sob investigação as denúncias de falta de assistência.
Já de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, os médicos que atenderam Wesley na UPA Centro-Sul suspeitaram de que ele poderia estar com dengue ou leptospirose, mas o caso ainda está sob investigação. A confirmação do diagnóstico depende do resultado do exame de sangue, que deve sair no fim semana que vem.
O empresário deu entrada na unidade de saúde às 9h20 do dia 26 de fevereiro. O quadro se agravou durante o dia e a morte foi confirmada às 23h.
Assista a vídeo com as reivindicações da família.