Polícia prende suspeita de mandar sequestrar e matar estudante em Contagem

Poliane Santana de Castro, de 20 anos, foi cruelmente assassinada em julho do ano passado. Duas mulheres foram presas por participação no crime. Homem segue foragido

João Henrique do Vale
Gislene Cátia foi presa nessa quarta-feira - Foto: Polícia Civil/Divulgação
Mais uma pessoa envolvida no assassinato bárbaro da estudante Poliane Santana de Castro, de 20 anos, foi presa pela Polícia Civil. Gislene Cátia da Silva Ferreira (a Gisa), de 38, conhecida por liderar o tráfico de drogas no Bairro Maracanã, seria a mandante do crime. A motivação do crime seria passional, já que a jovem iniciou um relacionamento com o ex-marido de Gislene. A polícia segue a procura de Jefferson da Silva Santiago, (o Jefinho), de 25, que também participou do crime. Camila Fernanda Ramos, de 26, foi presa no fim do ano passado.

O assassinato aconteceu em julho em 2015. De acordo com as investigações, Poliane foi sequestrada no dia 14 daquele mês no Bairro Jardim Marrocos. Ela foi levada para um imóvel no Bairro Nova Contagem onde foi mantida em cárcere privado por três dias.
Na madrugada do dia 17, ela foi executada com dois tiros, um na nuca e outro nas costas. Os criminosos ainda arrancou os olhos e o lábio inferior da vítima, que teve os cabelos raspados.

Levantamentos realizados pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios de Contagem apontam que o crime teria sido planejado por Gislene, uma vez que a vítima iniciou um relacionamento com o ex-marido da investigada. O casal havia se separado há pouco tempo e Gislene não aceitava que o ex-companheiro se relacionasse com outras mulheres.

No dia 14 de julho do ano passado, uma adolescente que sabia onde a vítima morava, teria guiado o trio até a casa de Poliane. Ela teria sido responsável por chamar a vítima à porta da residência. Ao notar que havia algo de errado, Poliane ainda tentou voltar para o interior da casa, mas foi ameaçada por Jefferson e forçada a entrar em um carro, onde já estavam Gislene e Camila, de acordo com as investigações.

A polícia acredita que, durante o período em que foi mantida em cativeiro, a vítima tenha sido forçada a ingerir considerável quantidade de bebida alcoólica, visto que, em exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), foram encontrados 0,2 decigramas de álcool por litro de sangue no organismo de Poliane. Para a delegada Fabiola Oliveira, que coordenou as investigações, a intenção dos investigados era afetar os reflexos da vítima, impedindo que ela tentasse pedir socorro ou fugir. .