O bloco AloPrado desfila desde 2010. No ano passado, na conta dos organizadores reuniu mais de 20 mil pessoas. Ricardo Scheid, organizador do bloco, diz que o público esperado é similar ao de 2015 e que não há motivos para a proibição um dia antes da folia. "A obrigação de garantir a segurança é da polícia. Por que proibir um único bloco?", questiona.
Em 2015, a festa terminou em confusão com briga e empurra-empurra. A Polícia Militar chegou a usar balas de borracha. "Entemos a proibição como um revanchismo da PM pela confusão do ano passado que machucou militares. Acontece que o tumulto ocorreu, muito tempo depois que o bloco já havia encerrado o seu desfile.
Segundo a Polícia Militar, devido a opinião desfavorável do Ministério Público de Minas Gerais, que apontou risco à segurança dos integrantes do bloco, o evento não deve ocorrer como no ano passado. O MP apontou ausência de condições mínimas de segurança, como plano de combate a incêndio e tumultos, além de transtornos aos moradores do bairro e risco de inundação da área em caso de chuva forte.
A decisão da PM acontece um dia após a morte de uma mulher arrastada pela enxurrada no Prado. Maria Ester Ribeiro, 59, que foi derrubada pela água enquanto tentava atravessar a Rua Diorita, se afogou ao ficar presa debaixo de um veículo. O incidente aconteceu durante o temporal que atingiu Belo Horizonte no fim da tarde de sexta-feira, 12.
A PMMG informou que vai intensificar o policiamento no local, com realização de operações de Blitze da Lei Seca, fiscalização de bares e restaurantes durante todo o dia.
A corporação vai adotar todas as medidas necessárias para que a Constituição Federal, as leis e as boas regras de convivência sociais não sejam quebradas pelas pessoas que pretendem realizar o evento", reforça a PM em nota..