Ao som do axé, Bloco Tchanzinho Zona Norte agita sexta-feira de carnaval em BH

Concentração tomou conta da Avenida Sebastião de Brito, no Bairro Dona Clara, Região Norte da capital. Grupo segue de metrô até a Praça da Estação

Rodrigo Melo
Foliões lotaram as vias do Bairro Dona Clara - Foto: Renan Damasceno/EM/DA Press

As letras e a irreverência dos sucesso do axé dos anos 90 já começam a 'dar o tom' do Carnaval 2016, nesta sexta-feira, em Belo Horizonte. Demorou quase duas horas, mas a folia começou quente no Bairro Dona Clara, na Região Norte da capital, onde o Bloco Tchanzinho Zona Norte inicia seu desfile. Mais tarde, o grupo segue de metrô até a Praça da Estação, no Centro de BH.

O grupo relembra os sucessos do axé dos anos 90, tocando os hits de É o Tchan, Companhia do Pagode, Asa de Águia e Chiclete com Banana. Centenas de pessoas sacolejam ao som do bloco e lotam a Avenida Sebastião de Brito. Até o momento, a festa está tranquila e há muitas crianças acompanhando o bloco. O trânsito foi fechado nos dois sentidos e há muito policiamento.

Primeiro, o Tchanzinho da Zona Norte pensou em homenagear a banda baiana É o Tchan. Mas, o tchan ganhou outro significado para os fundadores e foliões. "Tchan é o sal, o tempero, a malevolência do povo da Zona Norte", brinca a bióloga e integrante da banda, Laila Heringer, de 32 anos.
"A gente não toca Axé Cult, a gente toca é o axé debochado" explica.

A radialista Luíza Glória, de 28, esperou quatro anos para inaugurar o vestido que mandou fazer para o carnaval - de Chiquinha, personagem do seriado mexicano de grande sucesso, Chaves. "No carnaval, ou eu estava de plantão no trabalho, viajando ou terminando meu mestrado. Só hoje estou tendo a oportunidade de cair na folia. E eu não estou de Chiquinha. Eu sou a Chiquinha", brinca a radialista. Luíza mora no Bairro Padre Eustaquio, na Região Noroeste, e atravessou a cidade por causa da fama do bloco, que é muito animado, segundo ela..