Volume de água reservada no Sistema Paraopeba cresce com a chuva

Precipitações acima da média histórica de janeiro antes do fim do mês nas três represas do sistema e funcionamento da captação direta no rio fazem volumes registrarem escalada

Guilherme Paranaiba
Captação direta no Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande BH, está ajudando na recuperação das represas junto com as chuvas acima da média para o mês de janeiro - Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS
Chuvas acima da média histórica e o funcionamento da nova captação do Rio Paraopeba estão fazendo o Sistema Paraopeba, composto por três represas na Grande BH, aumentar o volume de água reservada em ritmo acelerado. Enquanto nos primeiros 15 dias de janeiro o crescimento foi de apenas 1,2 ponto percentual, passando de 22,7% para 23,9%, na última semana o sistema saltou de 24,7% para 37,1%, aumento de 12,4 pontos percentuais.

Dados da Copasa mostram que choveu acima da média histórica para janeiro nas três represas do Paraopeba, mesmo sem o mês ter chegado ao fim. No reservatório Rio Manso, o normal para janeiro é 288,2 milímetros de chuva. Esse ano já choveu 60% a mais na região, com 463,1 milímetros até a manhã de hoje. Na represa Serra Azul, o aumento foi de 47%, pois a média para o mês é de 285,7 milímetros e este ano já choveu 420,9 milímetros.

Das três represas, Vargem das Flores registrou a menor quantidade de chuvas em 2016, mas mesmo assim superou a média para os primeiros 31 dias do ano. Foram 282,5 milímetros do dia 1º até hoje, 6% a mais do que os 266,6 mm esperados normalmente. Atualmente, Vargem das Flores está com 43,3% de água armazenada, enquanto no início do mês oscilava na casa dos 29%.

Rio Manso já chega quase a metade de sua capacidade, com 46,6%, bem acima dos 31% do início do ano. Por fim, Serra Azul vai se afastando do volume morto.
Enquanto a represa chegou aos 5,7% em dezembro e variou na casa dos 7% nos primeiros 15 dias de janeiro, hoje o registro da Copasa registrava nível de 18,7%..