Afetados pelo rompimento da barragem do Fundão vão dividir doações

Prefeito de Mariana diz que R$1.025.000 será divido entre 350 chefes de famílias

Tetê Monteiro Gustavo Werneck
O prefeito de Mariana, Duarte Junior, revelou ontem a destinação do valor de R$1.052.000 doados para as vítimas do desastre e de outros recursos que venham a ser enviados.
Segundo ele, foi definido pelo comitê, que tem como representantes membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dos moradores e do próprio município, que as doações em dinheiro que chegarem a Mariana a partir de agora serão destinadas às crianças vítimas da tragédia com até 12 anos de idade. “Esses valores só poderão ser resgatados quando a criança fizer 18 anos e serão destinados exclusivamente para financiar estudos”, explicou o prefeito.

Outra definição, segundo Duarte Junior, foi a divisão de R$1.025.000 do valor das doações entre cerca de 350 chefes de famílias atingidas pelo rompimento da Barragem do fundão. De acordo com o prefeito, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai repassar uma lista com os nomes das vítimas para ser incluindo em um edital que deve ser lançado na próxima segunda-feira. “Os nomes dos beneficiados ficarão disponíveis para consulta por cerca de 20 dias. Quem se sentir excluído, poderá solicitar a inclusão. Se houver algum nome que não proceda na lista, poderá ser excluído”, explicou o chefe Executivo. Os R$ 27 mil restantes vão se somar às doações que chegarem a partir de agora e compor o fundo que será destinado à educação das crianças.

Ontem, também, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou inquérito civil público para apurar origem e destinação da importância superior a R$ 1 milhão depositada em contas bancárias da campanha SOS Mariana.
Segundo o promotor de Justiça da comarca, Guilherme Meneghin, o objetivo é fiscalizar, “já que o dinheiro deve ser usado totalmente em benefício das vítimas do rompimento da Barragem do Fundão”. Meneghin disse ainda que, na tarde de ontem, enviou ofícios à Prefeitura de Mariana e à Arquidiocese para que deem informações sobre o montante. O promotor de Justiça explicou que houve valores, em depósitos, de até R$ 200 mil. .