Jornal Estado de Minas

Professores divulgam fotos da Escola Municipal Bento Rodrigues antes de tragédia


Os sorrisos nos rostos de professores e alunos nem de perto demonstra a tristeza do cenário visto em Bento Rodrigues depois de ser riscado do mapa ao ser atingido pela lama de rejeitos que desceu da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. As imagens postadas na página oficial da escola municipal de mesmo nome da cidade demonstram a alegria de momentos vividos em eventos na instituição.

Hoje, só é possível ver o imóvel com algumas paredes remanescentes e sujas de lama. O local já não tem telhado, que foi arrancado pela avalanche da barragem da Samarco, que é controlada pela Vale e a australiana BHP Billinton. Nas salas de aula, restaram apenas os quadros usados pelos professores para passar conhecimento aos estudantes da cidade.

Os trabalhos para encontrar os desaparecidos continua, porém com número reduzido de militares. Oficialmente, o número de mortes confirmadas da tragédia passou para 15. Restam quatro corpos para serem encontrados.
Mesmo assim, o Corpo de Bombeiros começa a dar indícios de redução do ritmo dos trabalhos de busca. Embora a corporação garanta que manterá a mobilização até que todos sejam encontrados ou que se esgotem as possibilidades, a estrutura de trabalho começou a mudar sexta-feira. O comando unificado em um posto avançado de Mariana foi transferido para o quartel em Ouro Preto e ficará a cargo da 3ª Companhia, sediada na cidade histórica, com retorno dos oficiais de alta patente para Belo Horizonte.

As dificuldades para encontrar todas as pessoas vitimadas por rompimentos de barragem é comum em desastres do tipo, o que aumenta a angústia das famílias. Em acidente em Nova Lima, na Grande BH, em 2001, um dos cinco mortos nunca foi encontrado. Já no ano passado, dos três trabalhadores soterrados pelo rompimento de outra barragem em Itabirito, na Região Central, um só foi encontrado dois meses depois.

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