Jornal Estado de Minas

Nova previsão de reabertura do Cine Santa Tereza é no primeiro trimestre de 2016

 

Novamente, a abertura do cine Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, que vai dar lugar ao Centro Cultural Santa Tereza, terá inauguração postergada. A última previsão é que a abertura seria feita em agosto deste ano. Porém, segundo o diretor de Museus e Centros de Referência da Fundação Municipal de Cultura, José de Oliveira Júnior, o processo de licitação demorou mais do que o esperado. A previsão, agora, é para o primeiro trimestre de 2016.

As obras de restauração do prédio, que é da década de 1940, teve fim em agosto de 2014, onze anos depois de ser incluída no Orçamento Participativo. Neste ano, foi lançada a licitação para a compra de equipamentos, porém, a etapa sofreu atrasos. “A licitação demorou mais que o esperado, por situações da administração pública brasileira em geral e que fogem ao controle. Uma das empresas que participou tentou desqualificar o edital e isto fez com que a obra tivesse que aguardar que o recurso fosse julgado, respondido, fechado”, explicou José Júnior.

As empresas Soma Engenharia e Soluzione fazem os últimos ajustes para a inauguração.
Está sendo preparado o isolamento acústico, a instalação de portas corta-fogo, condicionamento de ar e finalização do espaço multiuso. Ainda é esperada a chegada do equipamento de projeção. Assim que ele estiver no local, serão feitos testes e preparação para operação.

A Fundação Municipal de Cultura está fazendo encontros com a comunidade para discutir o uso do espaço. “Até o momento estão participando das discussões regulares a “Associação do Bairro Santa Tereza”, o “Santa Tereza Tem”, “Salve o Santa Tereza” e diversas lideranças comunitárias. Posteriormente, para gestão compartilhada, haverá comissões em conjunto com a sociedade para a ocupação do espaço e também para a manutenção de discussão continuada sobre as diretrizes e ações”, disse o diretor de Museus e Centros de Referência da Fundação Municipal de Cultura.

A restauração do prédio começou no início de 2013 e sofreu dois atrasos no cronograma de entrega. Custou R$ 1,7 milhão e foi patrocinada pela mineradora Vale, em contrapartida às obras de modernização da linha férrea entre os bairros Horto, na Região Leste da capital, e General Carneiro, em Sabará, região metropolitana.
A prefeitura deve investir mais R$ 1,5 milhão em infraestrutura e equipamentos.

As características arquitetônicas do espaço interno foram preservadas, mas houve pequenas alterações. A sala de cinema, por exemplo, foi construída na parte de cima, onde ficavam os antigos camarotes. A laje foi expandida, criando um segundo piso. O espaço multiuso, onde era a antiga sala de exibição, no andar térreo, ganhou piso reto e recebeu janelas feitas com tijolos de vidro vazados para ventilação e iluminação. O ambiente interno, que era todo pintado de preto, recebeu branco no teto e marfim nas paredes. O hall de entrada e o café ganharam uma cor mais alegre, de cerâmica.

Rampas e banheiros adaptados para cadeirantes foram construídos, assim como uma plataforma para acesso dos mesmos ao segundo andar. A fachada do prédio é tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio e as características do arquiteto italiano Rafaello Berti, em estilo art-déco, foram preservadas.

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