A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quarta-feira que vai visitar a região afetada pela tragédia em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A visita da presidente ocorre quase uma semana após o desastre, que deixou ao menos oito mortos, mais de 20 desaparecidos e praticamente acabou com o distrito de Bento Rodrigues, tomado pela lama. Também nesta quarta, Dilma delegou ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que levante os custos da tragédia e veja as medidas cabíveis para a mineradora Samarco.
Leia Mais
Prefeitura de Mariana estima danos materiais em R$ 100 milhõesAcionista da Samarco, Vale perdeu 8% do valor de mercado em uma semanaGoverno Federal vai analisar punição a Samarco, Vale e BHP, diz ministraTragédia em MarianaPrefeito quer que Dilma veja de perto estragos da tragédia em MarianaMissa em intenção às vítimas da tragédia reúne multidão na Praça da Sé, em MarianaComunidade indígena reivindica solução devido à contaminação de 'rio sagrado'Mais cedo, em entrevista na abertura da Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou o acidente como uma "catástrofe ambiental".
Izabella viajará nessa quinta a Mariana para visitar a área. Dilma pode acompanhá-la. A presidente deve visitar Mariana e Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, que pode ser atingida pela lama levada pelo Rio Doce. Segundo relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo menos 50 milhões de metros cúbicos de lama foram liberados com o rompimento das barragens.
O prefeito de Mariana, Duarte Junior (PPS), também espera a visita da presidente Dilma.
Duarte Junior já tem uma lista de pedidos para a presidente. O prefeito disse que pedirá a ela que interceda junto à Vale, BHP e Samarco, demonstrando a importância de as empresas assumirem as responsabilidades e oferecerem conforto às famílias atingidas. Mais de 600 pessoas estão desabrigadas por causa da lama espalhada pela mineradora. “Também vamos solicitar apoio para que não haja demissão dos funcionários (da Samarco), embora as empresas já tenham se posicionado no sentido de que não vai haver”, afirmou.
O prefeito também vai pedir apoio financeiro para o município, que é essencialmente minerador. Segundo Duarte, a arrecadação mensal de Mariana já havia caído de R$ 25 milhões para R$ 19 milhões. “Quando assumi a prefeitura, a arrecadação estava em R$ 19 milhões e o gasto era de R$ 25 milhões, tivemos de fazer um corte de R$ 6 milhões.
.