Os rejeitos de minério de ferro que praticamente cobriram o distrito Bento Rodrigues, a 20 quilômetros de Mariana, na Região Central do estado, não têm toxicidade e, portanto, não causada danos à saúde, de acordo com especialistas das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Ouro Preto (UFOP). Se não causa dano à saúde, ao meio ambiente traz um prejuízo muito mais “físico do que químico”, de acordo com Romero César Gomes, coordenador do Núcleo de Geotecnia da Escola de Minas (UFOP). Gomes explica ainda que a lama, em geral, não tem odor, mas em razão de material acumulado no fundo da barragem, diante da ausência de oxigênio pode apresentar um cheiro mais forte.
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O professor Roberto Galery, do Departamento de Engenharia de Minas da UFMG, disse que o rejeito da produção de minério de ferro é formado por sílica (areia), quartzo, o próprio mineiro de ferro, amina (uma espécie de sabão), amido de milho, que resultam na lama..