Jornal Estado de Minas

Professor universitário é encontrado morto e amordaçado dentro de casa


Imagens do circuito de segurança de um prédio em Contagem, na Grande BH, podem ajudar a polícia a chegar ao assassino do professor universitário Rafael Adriano de Oliveira Severo, de 37 anos. O corpo dele foi encontrado na manhã deste sábado no apartamento em que vivia no Bairro Arvoredo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a PM, ele estava amordaçado e com as mãos e pés amarrados. A perícia acredita que a vítima tenha sido morta por estrangulamento.

O crime foi descoberto pela manhã por uma amiga do professor, depois que ela recebeu a ligação de uma aluna contando que Rafael não havia aparecido para dar aula na Faculdade de Ciências Sociais de Belo Horizonte (FACISA). Desconfiada da ausência, a mulher foi até o apartamento onde morava o docente e o encontrou morto sobre a cama. Ele era professor de pedagogia.

Ainda de acordo a amiga do professor, Rafael estava as pernas amarradas com uma sacola de pano, as mãos presas com uma cueca rasgada e a boca amordaçada com uma fronha. Antes de acionar a polícia, a amiga ainda tentou soltar Rafael e tirar a mordaça da boca na esperança de que ele ainda estivesse vivo, mas o professor já estava morto.

A suspeita é de que o crime tenha sido cometido por uma pessoa conhecida do professor, já que a amiga dele revelou ter encontrado a porta do apartamento aberta e sem sinais sinais de arrombamento quando chegou ao local.

A perícia da Polícia Civil esteve no imóvel e verificou que a vítima não tentou se defender, uma vez que não havia indícios de luta corporal no imóvel.

As únicas coisas que estavam fora do lugar no apartamento, segundo a amiga do professor, eram um sapato que estava no meio da sala e roupas que estavam em cima da mesa do mesmo cômodo. O fato chamou atenção, já que o professor era muito organizado, segundo informações da amiga.

Durante as buscas no imóvel, a polícia descobriu ainda que havia dinheiro dentro do apartamento, cerca de 600 reais, mas o valor não foi levado. O carro da vítima, que estava na garagem, também não mexido.

Vizinhos não escutaram barulho

Vizinhos do professor disseram à polícia não ter ouvido nenhuma barulho vindo do apartamento dele e também não perceberam nenhuma pessoa em atitude suspeita. A polícia vai analisar imagens do circuito de segurança do prédio.

Nas redes sociais, amigos e alunos lamentaram a morte do professor. Em sua página no Facebook, a Facisa divulgou nota lamentando a morte.
"Desde agosto de 2010 na FACISABH, na coordenação pedagógica do curso de Pedagogia, encantou a todos nós com seu jeito peculiar de ser. Competente, disposto, companheiro, deixa muitas obras prontas e outras por acabar, inclusive seu inovador projeto de Doutorado..