Jornal Estado de Minas

Mais da metade das escolas municipais de BH são afetadas com a paralisação de servidores


A paralisação dos servidores municipais de Belo Horizonte afetou o funcionamento de mais da metade das escolas geridas pela prefeitura nesta quarta-feira. De acordo com a administração municipal, 121 escolas, ou 64%, funcionaram parcialmente, e outras 11, que correspondem a 6%, pararam totalmente. Em relação as Unidades Municipais de Educação Infantil (Umei), 58% trabalharam parcialmente e outros 15% ficaram integralmente paralisadas. Os trabalhadores da educação decretaram greve a partir de hoje. O restante dos servidores vão começar paralisação por tempo indeterminado na segunda-feira.

Os trabalhadores decidiram pela paralisação na manhã desta quarta-feira. A categoria se reuniu na Praça da Estação, onde houve uma assembleia. De lá, saíram em caminhada por ruas e avenidas do Centro de Belo Horizonte.
Durante o percurso dos servidores, o trânsito ficou lento. A Polícia Militar (PM) acompanhou o ato, que aconteceu de forma pacífica.

De acordo com o sindicato que representa a categoria, a paralisação é uma resposta ao reajuste salarial de 2,8% proposto pela PBH. Os servidores reivindicam aumento de 25%. Os trabalhadores municipais da educação já estão em greve desde hoje. Os serviços essenciais, como saúde e coleta de lixo, funcionaram em escala mínima nesta quarta-feira.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que “apesar do quadro de crise econômica instalado no país, assume o compromisso com o funcionalismo público de concessão de um reajuste de 2,8% sobre os salários e o vale-refeição já a partir de 1º de janeiro de 2016”.
O reajuste, segundo a administração municipal, está sendo possível devido à variação nominal de 2,8% na arrecadação dos recursos do tesouro municipal, sem levar em conta o crescimento da inflação. Por sua vez, os recursos vinculados totalizaram um decréscimo de -5%.

A PBH disse, ainda, que somente uma reversão no cenário econômico do município e, especialmente do Governo Federal, poderá provocar a abertura de novas negociações. “A PBH, a exemplo de todos os cidadãos, somente poderá gastar mais se arrecadar mais, a fim de que possa cumprir de modo efetivo e sem atrasos os compromissos já firmados com os servidores e também com a própria população”, afirmou.

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