Rio de Janeiro – Belo Horizonte se prepara para trocar todas as lâmpadas de vapor de sódio de sua iluminação pública por um sistema inteligente, de tecnologia LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), com capacidade para coletar dados e possibilidade, inclusive, de aumentar e modernizar as câmeras de vigilância do sistema Olho Vivo na cidade, com sensores eletrônicos de vários tipos. O anúncio foi feito ontem, no Rio de Janeiro, pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), durante o Congresso Internacional Cidades e Transportes, onde administradores de municípios do Brasil e do exterior discutem temais atuais, como mobilidade urbana e sustentabilidade. “O sistema LED poderá revolucionar os conceitos de cidades inteligentes”, disse Lacerda.
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Processo para a troca de lâmpadas em BH começa em dezembroPrefeitura de BH estuda colocar lâmpadas de LED na iluminação públicaPBH terá telegestão de lâmpadas de LED nas ruas da capitalPBH anuncia troca de 180 mil pontos de luz em BH por lâmpadas LED a partir de junhoVice-prefeito de Belo Horizonte faz defesa de pedágios urbanos“São centenas de milhões em investimentos, mas o retorno vai ser maior. Trocamos todos os semáforos de Belo Horizonte, de lâmpadas incandescentes por LED, desde 2009. Custou R$ 8 milhões, mas o retorno foi maior.
Desde 1º de janeiro, resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) transferiu para as prefeituras a responsabilidade sobre a iluminação pública. Uma das exigências do novo edital é a introdução do processo de eficiência energética, com as lâmpadas de LED, que têm vida útil de até 10 anos, com economia de energia estimada entre 40% a 60%. “Com a mudança, a cidade vai ficar adequadamente iluminada, melhor do que está hoje. O retorno do investimento poderá ser recuperado em 20 a 25 anos, no máximo. O sistema já vem sendo testado pela prefeitura, com recursos da BHTrans, na troca de lâmpadas nos sinais de trânsito”, explicou Ricardo Simões, diretor-presidente da PBH Ativos, empresa economia mista que tem como principal acionista a Prefeitura de BH, voltada para a administração de concessões públicas e PPPs.
Em São Paulo, que estuda a mesma fórmula para a troca de 700 mil lâmpadas, a administração municipal ainda não conseguiu levar à frente a licitação.
SOLAR Outro investimento a ser feito pela cidade na área de eficiência energética diz respeito à alternativa solar. A capital tem hoje 450 metros quadrados de placas de energia solar para cada grupo de 100 mil habitantes, mas o projeto de reforma do Plano Diretor, a ser encaminhado à Câmara Municipal até o fim do mês, vai criar incentivos para aumentar esse número. O anúncio foi feito pelo vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, ao participar do painel “Cidades na nova economia do clima”, no Congresso Internacional Cidades e Transportes, no Rio de Janeiro.
“Investir na energia limpa é hoje uma política mundialmente reconhecida. BH é a capital nacional da energia solar e estamos aumentando ainda mais esse índice. Queremos incentivar mais ainda as pessoas a investir na cidade, com fabricação de placas de aquecimento solar e energia fotovoltaica. Estamos com uma parceria com o Banco Mundial e começaremos a produzir energia fotovoltaica em escolas públicas”, acrescentou Malheiros, que é diretor da CB 27, uma organização que reúne 27 capitais brasileiras para troca de experiências no enfrentamento das mudanças climáticas, criada no Rio %2b10, em 2012.
Segundo o vice-prefeito, a Secretaria de Meio Ambiente tem dado prioridade a processos de consumo de energia limpa.