O julgamento de Marília Cristiane Gomes, de 20 anos, acusada de matar o filho Keven Gomes, de 2 anos, e esconder o corpo no sofá em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segue na noite desta quarta-feira. A promotoria iniciou, por volta das 18h, a fase de debates. Em seguida, será a vez dos advogados de defesa fazerem a explanação. A expectativa é que o júri termine às 21h, caso não tenham réplica e tréplica. Se acontecer, a sentença só deverá ser divulgada por volta 0h de quinta-feira.
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Testemunhas de acusação são ouvidas em júri de mulher que matou filho em IbiritéMulher que matou filho e escondeu o corpo no sofá é julgada em IbiritéDefesa quer liberdade para mulher que matou filho e colocou corpo dentro de sofáDurante a manhã, quatro testemunhas foram ouvidas e outras quatro à tarde. Em seguida, Marília prestou depoimento. O teor não foi repassado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Por volta das 18h, começaram os debates, que devem durar no mínimo três horas.
O assassinato
O crime aconteceu em julho de 2014. Keven morava com os pais Marília e Cláudio Ribeiro Sobral, de 31 anos, em Ibirité, em um terreno com outras duas casas de aluguel, sendo uma delas de um casal de tios da criança.
No dia 27, o corpo de Keven foi encontrado dentro de um sofá da casa dos tios, que haviam acabado de chegar de viagem. Ele tinha apenas sangue no nariz e estava em estado de decomposição. Uma poça de sangue também foi vista debaixo do sofá.
Na manhã do dia seguinte, Marília prestou depoimento à Polícia Civil, mas acabou sendo chamada novamente para prestar esclarecimentos por causa de contradições em suas versões. Da segunda vez, ela acabou confessando o crime e foi presa em flagrante.
A mulher disse que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular dela. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão da mãe, que foi pegar o telefone. Marília disse que perdeu a cabeça, pegou as duas mãos da criança e a arremessou com força na cama do casal. O menino bateu a cabeça na parede e desmaiou.
Durante o depoimento, a mulher contou que o garoto começou a mudar de cor e notou uma espuma branca na boca dele.