Jornal Estado de Minas

Secretário avalia que houve erro na ação da PM durante protesto no Centro de BH


O secretário Estadual de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, criticou o modo como os manifestantes foram contidos durante o protesto contra o aumento da passagens do transporte coletivo na noite de quarta-feira no Centro de Belo Horizonte. Houve confusão entre policiais militares e o grupo, que terminou com pessoas feridas e mais de 60 presos.

“A manifestação é um direito que tem que ser respeitado. O nosso governo não pode coibir manifestação. Tem que saber lidar com essas situações. Temos  que definir padrões de como utilizar gás lacrimogêneo e outras armas não letais. Vamos avaliar a situação para não repetir o erro”, disse o secretário nesta quinta no Escritório de Direitos Humanos da capital, onde os manifestantes detidos estão sendo ouvidos.

Ainda segundo o secretário, os esforços devem ser voltados para evitar ações violentas.
“A polícia se queixou que o protesto não tinha líderes. É uma forma de organização diferente. A nossa orientação é não criminalizar o movimento social. Defendemos uma mediação pacífica. Tem que orientar a polícia nessas circunstâncias”.

Um grupo de cerca de 60 pessoas foi levado para a Central de Flagrantes II e liberado durante a madrugada, após um acordo entre Nilmário Miranda e as polícias Civil e Militar.

De acordo com a Polícia Civil, os boletins de ocorrência não tinham sido finalizados pela PM até o final da manhã desta quinta.
A partir desses documentos, a polícia judiciária vai intimar os envolvidos a prestar depoimento na 4ª Delegacia de Polícia do Centro, que atende a região onde ocorreu o confronto.

Por enquanto, apenas uma ocorrência envolvendo dois menores foi encerrada. Ambos foram levados para a Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (DOPCAD-MG) e estão sendo investigados.

Imagens registram início do confronto entre PM e manifestantes

Vídeo mostra PM exaltado com manifestantes em hotel no Centro

 

 
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