Jornal Estado de Minas

Esgoto na Lagoa da Pampulha tira moradores de casa

Moradores da Pampulha, na região da Enseada das Garças,  estão sufocados pelo mau cheiro, que nas últimas semanas tomou conta da lagoa. A área se transformou em uma espécie de lixão flutuante, onde podem ser vistos toda a sorte de detritos represados.  Com náuseas, a vizinhança  está fugindo do local que tem atraído os urubus. Por causa do odor, há moradores que decidiram se mudar temporariamente para casa de parentes.

"Amanhã (neste domingo) não poderemos passar o dia dos pais em casa. Como receber filhos e netos com esse mau cheiro horroroso?",  diz a auxiliar de administração, Efigênia Oliveira. Segundo ela,  muitos moradores estão se sentindo mal e tendo náuseas. Janelas e portas devem permancer lfechadas durante todo o dia, para impedir a entrada da brisa. "Temos vizinhos que já foram parar no hospital", conta Efigência.

Há 35 anos a professora aposentada,  Vera Lúcia Vieira é vizinha da Enseada.
Ela conta que passou 40 dias em uma viagem e ao retornar para casa, foi surpreendida pelo lixo e esgoto. "A Enseada das Garças está sendo trasnformada em um depósito de detritos. Em mais de 30 anos, nunca vi uma situação tão grave."

O acúmulo de dejtos ocorre na avenida Otacílio Negrão de Lima, na altura do número 12.400. Na segunda-feira, moradores da região vão até a Prefeituira cobrar uma solução para a lagoa. "Vamos também ao Ministério Público. O lugar virou ponto de urubus, dominado por uma nata de esgoto", denuncia Vera Lúcia.

A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Belo Horizonte.

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