O corpo do estudante Daniel Adolpho de Melo Viana, 23 anos, morto durante calourada organizada por estudantes da PUC Minas nas imediações da universidade, no bairro Dom Cabral, região Noroeste de Belo Horizonte, está sendo velado desde as 17 horas deste sábado, no cemitério do Bonfim. O crime aconteceu na madurgada de hoje e o enterro está marcado para às 10 horas deste domingo (9).
Daniel cursava o último ano de Direito na Faculadade Pitágoras. Na página do estudante no Facebook, diversos amigos registraram o seu pesar e despediram-se do colega, deixando palavras de conforto também à família. Daniel Adolpho era estudante de Direito. Embora não fosse aluno da PUC Minas participava de calourada de alunos da instituição no Bar da Rosa, próximo à universidade. Ele foi brutalmente atingido por um tiro no rosto após uma discussão. "Que notícia triste! Dani, te agradeço pela amizade, pelas dicas e principalmente por ter sido tão bacana comigo em todas as vezes em que precisei de você.
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Segundo o delegado Sidney Aleluia, Pedro Henrique será autuado como suspeito por homicídio duplamente qualificado, disparo de arma de fogo no meio de festa e tentativa de homicídio contra os populares que dominaram o suspeito. O autor do disparo disse ser soldador e possui porte de arma.
Esta não é a primeira ocorrência causada pela calourada realizada nas imediações da PUC Minas na sexta-feira. O estudante estudante A.B.N.C., de 19 anos, provocou uma série de batidas ao dirigir embriagado enquanto saía da festa. Moradores da região reclamam da violência constante e do fechamento das ruas com festas.
A PUC se pronunciou sobre o caso na tarde deste sábado e salientou que a festividade não fazia parte da faculdade. No comunicado, a Pontifícia Universidade Católica apontou problemas no funcionamento do bar e se mostrou contra as aglomerações formadas no local.
Leia o comunicado na íntegra:
"Sobre o lamentável incidente ocorrido em um bar no bairro Coração Eucarístico, no entorno do campus da Instituição, a PUC Minas considera importante esclarecer que não se tratava de uma ‘calourada’ da Universidade.
O referido estabelecimento é sabidamente frequentado por um grande número de pessoas, entre eles alunos da PUC Minas, provocando, muitas vezes, transtornos para o trânsito e riscos para a segurança de toda a comunidade. Conjuntamente com os moradores da região e a Polícia Militar, a Universidade tem mantido um permanente diálogo sobre o problema, entendendo que há prejuízos claros à tranquilidade e à qualidade de vida dos vizinhos do estabelecimento. Além disso, por meio de seus professores, gestores acadêmicos e funcionários, a Universidade procura desestimular a ida de seus alunos àquele local, em função exatamente das aglomerações que ali eventualmente se dão.
Ao lamentar o ocorrido, que expressa, de modo grave, a banalização da violência em nossa sociedade, a PUC Minas reitera sua determinação em continuar buscando uma solução para o fim dos mencionados transtornos, que resulte de um amplo diálogo envolvendo toda a comunidade.".