Jornal Estado de Minas

Futuro da frota escolar será discutido no dia 19 de agosto, em Brasília

Motoristas do transporte escolar acabaram de ser recebidos na Assembleia Legislativa de Minas (Alemg), pelo ministro dos Transportes, Gilberto Kassab. O objetivo dos motoristas que fizeram manifestação na manhã deste sábado, é discutir sobre a exigência do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de padronização da frota. No encontro, o ministro agendou uma reunião com as lideranças de Minas e nacionais para 19 de agosto. Participaram da manifestação lideranças de outros três estados, São Paulo, Brasília e Bahia.

Os motoristas, cerca de 200, se concentraram na praça do Papa, região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã deste sábado, de onde desceram em carreata até a Assembleia Legislativa.

A comissão que representa os transportadores de escolares quer discutir a viabilidade do cumprimento da lei que obriga os veículos a usarem cadeirinhas e demais dispositivos de retenção para crianças, como bebê conforto e assento de elevação. Além do dilema do uso dos equipamentos, o grupo pretende discutir um projeto de padronização em estudo pelo governo federal.

Os transportadores temem que, uma vez aprovado o projeto, as vans sejam substituídas por microônibus, inviabilizando o trabalho da categoria tanto do ponto de vista financeiro como da mobilidade no trânsito. Para o Sindicato do Transporte Escolar de Belo Horizonte (Sintesc-BH) o resultado do encontro com o ministro foi positivo e a categoria está confiante no desdobramento positivo da reunião em Brasília.


Segundo Carlos Eduardo Campos, presidente do Sintesc-BH, na medida o governo federal argumenta que as vans não têm acessibilidade e por isso devem ser substituídas pelo microônibus, similar ao usado no transporte escolar da zona rural. "Essa proposta do governo cria um grave problema de mobilidade, enquanto a van custa em média R$ 80 mil, e tem mensalidades de R$ 150 em média, o microônibus custa R$ 280 mil e teria mensalidades de R$ 400. Muito caro para as famílias", argumenta Campos. Já A polêmica das cadeirinhas começou com a publicação da Resolução 533, que obriga os escolares a usar as cadeirinhas e demais dispositivos. Lei que entrará em vigor em fevereiro do ano que vem. O grande problema é que no Brasil tais dispositivos só podem ser instalados em cintos de segurança de três pontos, e nenhuma das vans à venda no Brasil possui a peça nos bancos traseiros..