Na publicação na rede social, o fotógrafo Alexandre Gomes Reis descreveu a situação que o levou a criar o grupoO texto relata como o fotógrafo foi abordado por seguranças do Jardim Zoológico quando entrava no localReis disse que iria fazer uma visitação e tirar fotos de uma amiga, sem fins comerciais"Não estava com câmera no pescoço nem tinha retirado equipamentos da bolsa", conta.
O fotógrafo costumava realizar trabalhos com frequência nas áreas citadas no texto do decreto e se diz injustiçado pela forma como estão regulamentando os trabalhos"Nunca me importei de pagar taxas simbólicas para a conservação dos locais em que trabalhamosSempre pagamos em locais privados em Belo Horizonte e, nos últimos tempos, até em locais públicos como o Parque das Mangabeiras", relataO parque, que fica na Região Centro-Sul da capital cobra R$ 27 por hora para agendamento de produções no local"Estes preços cobrados pela Fundação Zoo-Botânica são um absurdoA gente já paga impostos
O presidente da FZB-BH, Jorge Espeschit, alegou que o agendamento se mostrou necessário após diversas ocasiões em que os profissionais e visitantes inviabilizaram a melhor experiência uns dos outros nos espaços mencionados"Observamos que, às vezes, os clientes desses profissionais tinham que ficar esperando muito tempo para que, por exemplo, uma visitação de estudantes passasse pelo localIsso atrapalhava a produção, deixava as pessoas muitas vezes maquiadas, com roupas pesadas como vestidos de noivas", contaEspeschit também revelou ter acontecido situações inversas, com visitantes se sentindo menos à vontade para transitar nos locais para não atrapalhar fotos e filmagens.
Conforme Espeschit, o intuito da norma não é arrecadatório e sim organizar as atividades e gerar mais conforto para todos"Acontece que, na maioria das vezes, os locais preferidos pelos fotógrafos são os que mais atraem os visitantes, como o Jardim Japonês", disseAinda segundo o presidente da FZB-BH, os preços foram estipulados a partir de uma média observada em uma pesquisa em locais de Belo Horizonte e de fora do estado"Desde 2014 procuramos entidades que pudessem representar esses profissionais e a fundação se coloca à disposição para poder aperfeiçoar o sistemaPodemos nos reunir com profissionais e reavaliar as normas, implementando novidades com características de revisão", completa.
Valores e horários
De acordo com o texto do decreto municipal, os profissionais que quiserem realizar trabalhos nos espaços administrados pela fundação devem entrar no site da PBH e fazer o agendamentoOs trabalhos poderão ser realizados no Parque Ecológico da Pampulha de segunda a quinta-feira, exceto feriados, das 7h às 17hJá em áreas como o Jardins Zoológico, Botânico e Japonês, além do Borboletário e da Estufa da Mata Atlântica, estão permitidos contratos somente às segundas-feiras, das 8h às 17h, exceto nos feriados
Nos Jardins Zoológico e Botânico os preços variam de R$ 230 durante uma hora até R$ 1.750, por um dia de trabalhoJá no Jardim Japonês os valores vão de R$ 310 por uma hora a R$ 2.450 pelo agendamento diárioNo Salão Vermelho Memorial Minas-Japão, no Parque Ecológico da Pampulha, os profissionais devem desembolsar de R$ 420 a R$ 3 mil.