Jornal Estado de Minas

PM promete coibir confronto entre taxistas e motoristas do Uber

Menos de 48 horas depois de confusão na Savassi, motoristas voltam a protestar com ataque a condutor do Uber e ameaças a passageiro na Avenida Alfredo Balena, em BH

Landercy Hemerson
Saiba como funciona cada serviço - Foto:
As eventuais agressões entre taxistas e motoristas ligados ao aplicativo Uber serão coibidas pela Polícia MilitarA informação é do major Sérgio Dourado, do setor de comunicação do Comando de Policiamento da Capital (CPC), ao justificar que não existe decisão judicial ou legislação que aponte a ilegalidade da atuação de condutores cadastrados na startupNa Câmara de BH tramita projeto de lei que proíbe o serviço, e o Ministério Público analisa denúncias de exercício ilegal da profissão.

“Qualquer tipo de agressão física não se justificaQuem a pratica será preso e responderá criminalmenteAos taxistas mais exaltados recomendo calma, para não perder a razão”, alertou o majorDourado diz que a PM está atenta ao conflito e pronta para atender quem for ameaçado ou agredidoMas adianta que não existem ações específicas, já que há não como identificar os motoristas do Uber.

Por meio de nota, a empresa de aplicativo, que esta há oito meses em BH, contestou as agressões: “Segurança é a prioridade global do Uber e repudiamos qualquer tipo de violênciaMotoristas parceiros da Uber foram covardemente agredidos e sofreram danos em seus veículos”A empresa diz que dará segurança a motoristas e passageiros e que acionará judicialmente os agressoresRepresentantes do sindicato dos taxistas não foram encontrados para falar do caso.

O Uber é uma startup americana, cuja proposta surgiu na conferência LeWeb, na França, em 2009Em junho do ano seguinte começou a operar em São Francisco (EUA)
Atua em 310 cidades de 58 paísesEstá no Brasil há um ano, com serviços em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e BHEm São Paulo, a prefeitura está autuando os condutores do UberTaxistas dizem que perderam 30% das corridas na capital mineiraEm todo o mundo, o serviço é alvo de polêmica, inclusive com conflitos, como na FrançaHá também discussões jurídicas no Brasil e exterior sobre a proibição do serviço.