Jornal Estado de Minas

Acusado de matar jornalista em Ipatinga vai a júri popular na sexta-feira

Segundo a acusação, Alexandro Neves Alves executou Rodrigo Neto. Outro envolvido no crime já foi condenado a 12 anos

Luana Cruz
Rodrigo Neto investigava um possível grupo de extermínio formado por policiais - Foto: Arquivo Pessoal
Será julgado na próxima sexta-feira o pistoleiro Alexandro Neves Alves, conhecido como “Pitote”, acusado de executar a tiros o jornalista Rodrigo Neto, em Ipatinga, no Vale de Aço. O assassinato foi em março de 2013 e pouco antes, a vítima investigava um possível grupo de extermínio formado por policiais da região. Uma testemunha, que estava junto ao repórter, também foi baleada.

Alexandro  vai a júri popular por homicídio qualificado. A sessão de julgamento está prevista para as 9h. Em 28 de agosto de 2014, outro envolvido no crime, o ex-policial civil Lúcio Lírio Leal, foi condenado a 12 anos de prisão.

Conforme o Ministério Público, Alessandro e Lúcio atiraram com arma de fogo contra o jornalista no dia 8 de março. Na garupa de uma moto escura pilotada por um motociclista não identificado, o pistoleiro surpreendeu a vítima pelas costas e disparou várias vezes e o atingiu na cabeça, tórax e costas, fugindo em seguida.

Os assassinos também tentaram atirar contra outro homem que acompanhava Rodrigo Neto, mas erraram.
A função de Lúcio foi passar pelo local, minutos antes, e dar aos executores a posição do jornalista, para confirmar que o atentado poderia acontecer. Alexandro e Lúcio também são apontados como autores do homicídio do fotógrafo Walgney Assis de Carvalho, de 43, executado no mês seguinte..