Jornal Estado de Minas

Pilotos não acreditam em negligência na queda de avião em BH

Dupla Toledo e Thomazine era experiente no manche e se caracterizava pela habilidade técnica

Sandra Kiefer - Especial para o EM Márcia Maria Cruz

“Aviadores não morrem! Voltam para o céu por outras asas!”A frase, de autoria desconhecida, foi divulgada pelo aprendiz de piloto Bernardo Safar, de 26 anos, na página do Facebook do piloto Gustavo Toledo Guimarães, de 38 anos, que era policial civil e morreu na queda do aviãoEspécie de padrinho da aviação de Bernardo, Gustavo tinha 1,5 mil horas de voo e 10 anos de experiência em aeronavesCostumava atuar como copiloto do comandante Emerson Thomazini, de 43 anos, de São PauloOs dois tinham licença específica para pilotar o modelo King Air.

A dupla Toledo e Thomazine era experiente no manche e se caracterizava pela habilidade técnica reconhecida por pilotos“Posso descartar brincadeira ou negligência dos doisGustavo era meu espelho na aviação e grande amigo e por ter tido a honra de conhecer ThomaziniSobre a possibilidade de manobra americana, Safar rejeita a hipótese de “aventura” no ar: “Só a caixa preta comprovará, mas se fizeram decolagem americana, foi com consciência, porque eram técnicos e não brincavam em serviço”.

Ontem à noite, os corpos de Thomazini e Toledo foram liberados para familiares pelo Instituto Médico LegalO de Carlos Eduardo Abreu ainda aguardava documentação para liberação