Jornal Estado de Minas

Marcha da Maconha vai às ruas do Centro de Belo Horizonte

Milhares de pessoas participam do protesto pela legalização da substância no país

Daniel Camargos
Cigarro gigante será incendiado ao final da marcha, na Praça da Liberdade - Foto: Daniel Camargos/EM/DA Press

Cerca de 2 mil pessoas estão concentradas na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, na tarde deste sábado, para marcharem pedindo a legalização da maconha. Os organizadores confeccionaram um imenso cigarro, que será incendiado ao final da marcha, na Praça da Liberdade. Segundo um os organizadores da marcha, o funcionário público, Guilherme Fernandes, de 25 anos, o trajeto passará pela Avenida Amazonas, Praça Sete, Rua da Bahia e Praça da Liberdade. "Queremos a legalização e regulamentação da maconha", explica Guilherme.

Na concentração, na Praça da Estação, varias pessoas enrolam cigarros de maconha e fumam, sem serem incomodados pelos policiais nas dias viaturas presentes. Guilherme Fernandes explica que a recomendação para os manifestantes é para não portar e nem fumar maconha durante o trajeto. "Mas acaba que é criado um espaço de desobediência civil. O que também é uma forma de protesto", analisa Guilherme.

Também participa da marcha um grupo da Associação Brasileira de Maconha Medicinal (ABMM). O médico Leandro Ramires é diretor da associação e veio acompanhado do filho, de 7 anos.
"Ele tem epilepsia refratária e precisa da maconha para sobreviver e não ter convulsões", explica Leandro sobre a doença do filho. Leandro conseguiu uma liminar judicial para importar o óleo de canabidiol, mas reclama do elevado preço: R$ 500 por semana. O ideal, segundo o médico, seria regulamentar a maconha para que os medicamentos fossem produzidos no Brasil e, assim, fiquem menos caros.

- Foto: Daniel Camargos/EM/DA Press.