Jornal Estado de Minas

PF faz operação contra de extração ilegal de pedras preciosas em Minas e três estados

Organização criminosa do Nordeste também agia em São Paulo e comercializava ilegalmente a turmalina paraíba em diversos países. Uma única pedra pode custar R$ 3 milhões

Cristiane Silva
Turmalina paraíba é considerada uma das pedras preciosas mais caras do mundo, segundo a PF - Foto: Daniel Renault/Divulgação - 12/05/2010

A Polícia Federal da Paraíba, em conjunto com o Ministério Público, desencadeou uma operação para desmantelar uma organização criminosa que fazia extração ilegal da turmalina paraíba, uma das pedras mais valiosas do mundo. Uma única pedra pode chegar ao valor de R$ 3 milhões. Durante a Operação Sete Chaves, 130 policiais de todo o Nordeste cumprem mandados em quatro estados, entre eles Minas Gerais.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo é composto por vários empresários e um deputado estadual, que usavam uma rede de empresas off shore para dar suporte a operações bilionárias nas negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.

Produtos apreendidos durante a operação - Foto: Polícia Federal/DivulgaçãoConforme a PF, a pedra era retirada de São José da Batalha, um distrito do município de Salgadinho, na Paraíba e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, para ser vendida em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.

A polícia suspeita que um grande volume dessas pedras já esteja nas mãos de joalheiros e proprietários particulares fora do país. O mercado clandestino da pedra pode tem gerado uma movimentação milionária de capital ilícito, no Brasil e no exterior.

Ao todo estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão e oito de sequestro de bens, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Além de Governador Valadares, os trabalhos estão sendo desenvolvidos nas cidades de João Pessoa, Monteiro e Salgadinho, na Paraíba, Parelhas e Natal, no Rio Grande do Norte, e São Paulo.
Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.

Confira a reportagem da TV Alterosa


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