Jornal Estado de Minas

Mutirão para desafogar Ceresp Gameleira já atendeu 150 detentos

Iniciativa pretende liberar vagas na unidade, interditada em abril. Com 404 vagas, Ceresp abrigava 1.485 presos.

Cristiane Silva
Cerca de 150 detentos do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte, já foram atendidos pelo mutirão que analisa a situação jurídica da população carcerária da unidade nesta sexta-feira.
O objetivo da iniciativa é desafogar a unidade, interditada pela Justiça no início de abril.

O mutirão é coordenado pelo professor Felipe Martins Pinto, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A equipe é composta por 50 pessoas, entre estudantes, advogados e professores.

Com 404 vagas, a unidade abrigava 1.485 presos. Segundo ele, muitos dos que foram ouvidos pela manhã têm condições jurídicas para ganhar liberdade. “Essa é a primeira etapa, que é a coleta das versões dos presos. Depois vamos analisar os processos para ver quem tem direito ou não e tomamos as medidas”, explica.

O professor também destaca a importância da iniciativa diante da crise no sistema prisional.
“Hoje já está mais do que claro que a condição do preso é importante, inclusive para a sociedade, porque dependendo dessa execução penal nós podemos fazer com que volte uma pessoa embrutecida, retornando para a sociedade trazendo mais violência”.

A meta do mutirão é atender todos os presos do Ceresp Gameleira nos próximos dias. Os trabalhos desta sexta continuam até o fim da tarde. O mutirião tem o apoio da Superintendência de Administração Prisional (Suapi). .