Jornal Estado de Minas

BH terá mais 120 câmeras de monitoramento e retomada de programa contra o crack

Medidas foram anunciadas durante reunião que discutiu o aumento da criminalidade e tráfico de drogas no Hipercentro da capital

Luana Cruz Luiz Fernando Motta
A instalação das câmeras vai desde o Bairro Santa Branca, na Pampulha, até a região da Praça Rio Branco e entorno da rodoviária de Belo Horizonte - Foto: Ramom Lisboa/EM/D.A.Press

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) anunciou nesta terça-feira que Belo Horizonte receberá 120 novas câmeras de monitoramento nos próximos meses. Integrantes da Seds, Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Poder Judiciário, Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e empresários, discutiram em reunião nesta terça-feira o aumento da criminalidade em função da presença de traficantes e usuários de drogas no Hipercentro da capital. Outra medida anunciada é a retomada do Programa Federal "Crack é possível vencer", do Ministério da Justiça.

O Subsecretário de Políticas sobre Drogas da SEDS, Rafael Miranda, informou que a instalação das câmeras de videomonitoramento visa principalmente a identificação de cenas de tráfico e uso de drogas. Serão adquiridos ainda quatro ônibus, oito motocicletas e oito viaturas. Os ônibus serão usados pela Polícia Militar e funcionarão como pontos de monitoramento das imagens das câmeras. As bases serão posicionadas em cenas de uso de drogas já identificadas pela Polícia Militar. A instalação das câmeras vai desde o Bairro Santa Branca, na Pampulha, até a região da Praça Rio Branco e entorno da rodoviária de Belo Horizonte. A maioria das câmeras estará na Região do Hipercentro.

Muitas propostas para conter a circulação de entorpecentes e os roubos foram apresentadas.
Membros da CDL vão encaminhar à Seds e ALMG, nos próximos dias, um documento oficial com as sugestões. “A segurança na região é um clamor da população. Traficantes estão viciando moradores de rua, que saem arrombando e assaltando para conseguir droga. As pessoas têm medo de sair na rua para comprar, com medo de roubos”, relata Jonísio Lustosa Nogueira, presidente do Conselho do Hipercentro da CDL/BH..