Os demais reservatórios de Minas, também chegaram ao seu maior nível desde que a Copasa alertou a população sobre possibilidade de racionamento no estado. O sistema Rio Manso chegou aos 50,2% de sua capacidade nesta terça. O Paraopeba atingiu 36,9%, Vargem das Flores 38,2% . O mais crítico de todo continua sendo o Serra Azul, que hoje chegou aos 13,7% de sua capacidade total.
Já a vazão do Rio das Velhas chegou aos seu segundo maior nível desde que a Copasa começou uma campanha contra o desperdício de água em Minas Gerais. Conforme balanço divulgado mensalmente sobre o nível do Sistema Paropeba, o mês de março de 2015 representa o segundo pior nível desde janeiro de 2013, com 30,2% de sua capacidade. Apenas em fevereiro passado a situação foi ainda pior, quando a Copasa registrou 29,9%.
O fornecimento de água pela Copasa também teve aumento no mês de fevereiro no conjunto do estado, onde 27,59% dos consumidores dos 635 municípios atendidos pela Copasa ampliaram o volume gasto na comparação com 2014 – o equivalente a 936 mil ligações. Embora preocupante, o índice ainda é menor do que o registrado em São Paulo, onde 35% dos consumidores aumentaram seu gasto de água desde que foi anunciada a crise hídrica, e 12% foram multados neste mês. No estado vizinho já foi estabelecida a chamada “tarifa de contingência”, que prevê sobretaxa de 40% para quem gastar até 20% mais do que a média das contas de janeiro e fevereiro, e 100% para quem consumir acima desse percentual. Por outro lado, quem economizar 20% é beneficiado com desconto de 30% na conta. Pessoas que se casaram, mudaram, tiveram filhos ou trocaram de ramo podem pedir revisão dos cálculos junto à concessionária de água e esgoto.
Em Minas, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) decretou situação crítica de escassez hídrica no início do mês, mas a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) ainda não se pronunciou sobre o reconhecimento do quadro, tampouco recebeu oficialmente da Copasa o plano de medidas para conter o consumo, como rodízio, racionamento e sobretaxa. O governo de Minas Gerais tem admitido que o nível de consumo de 2014 será usado como base para uma possível sobretaxa, mas ainda não foram divulgados os percentuais limites nem quais as punições para quem os ultrapassar.
Veja o especial do Estado de Minas sobre a crise hídrica