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Estado de Minas

Endividamento poderá paralisar atendimento em hospitais do Instituto Mário Penna

Há cerca de dois meses, o salários dos médicos estão atrasados e dívida já chega a R$ 11 milhões. Reunião entre instituto e Ipsemg está programa para a próxima quarta


postado em 16/03/2015 17:29 / atualizado em 16/03/2015 17:47

Local onde é feita o tratamento de quimioterapia no Hospital Mário Penna(foto: Hospital Mário Penna/Site)
Local onde é feita o tratamento de quimioterapia no Hospital Mário Penna (foto: Hospital Mário Penna/Site)
Por causa de uma dívída milionária os atendimentos do instituto Mário Penna poderão ser interrompidos nos próximos meses. A informação foi confirmada pelo diretor do instituto, Carlos Eduardo Ferreira, durante a Comissão de Saúde realizada nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Conforme o diretor, há cerca de dois meses está ocorrendo um atraso do pagamento por parte do SUS e Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) para a cooperativa dos médicos, o que gera uma dívida em torno de R$ 11 milhões. O diretor ainda disse que será feita uma reunião não próxima quarta-feira com o Ipsemg para discutir a situação.

“Os hospitais do instituto ficam impossibilitados de pagar os médicos e também os fornecedores, que ameaçam não entregar os medicamentos necessários às instituições. Isso gera uma bola de neve”, disse Carlos Eduardo Ferreira ao em.com.br. De acordo com o assessor da superintendência de Assistência à Saúde da Santa Casa, Gláucio de Oliveira Nangino, a instituição possui, atualmente, uma dívida de cerca de R$ 370 milhões, entre débitos tributários, bancários, com fornecedores e prestadores de serviços.

Segundo ele, o hospital já está negociando uma linha de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 133 milhões, para pagamento de uma parte dessa dívida com bancos e fornecedores.
Além disso, Nangino explicou que o hospital aderiu ao programa de fortalecimento das entidades privadas, filantrópicas e sem fins lucrativos que complementam o Sistema Único de Saúde (Prosus), o que possibilitou a remissão da sua dívida tributária no valor de R$ 234 milhões.

Segundo Nangino, a adesão ao programa foi importante porque possibilitou a regularização do cadastro tributário da Santa Casa, que assim passou a ter acesso a financiamentos do BNDES e a convênios que podem viabilizar investimentos. O assessor também disse que a Santa Casa está em processo de redução de terceirizações e tem a previsão de ampliar seus serviços ambulatoriais.

O assessor da diretoria executiva do Hospital da Baleia, Jorge Rodrigues Delbons, disse que a instituição, que tem uma dívida bancária de R$ 37 milhões, já está em busca de um novo empréstimo. “Tomamos os empréstimos para suprir as deficiências entre custos e receitas”, explicou. Ele considerou que o hospital deixa de crescer para não “se afundar” ainda mais em dívidas.

Já Carlos Eduardo Ferreira, diretor-geral hospitalar do Instituto Mario Penna, que administra o Hospital Luxemburgo, defendeu uma maior integração entre as classes médica e hospitalar. Ele também disse que há uma insatisfação da classe médica, que defende que os hospitais complementem os honorários pagos pelo SUS.


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