Jornal Estado de Minas

PM deve colocar pelo menos 15 mil homens nas ruas em protestos a favor e contra Dilma em BH

Militares da Região Metropolitana de Belo Horizonte farão a segurança durante as manifestações. Não foi descartada a vinda de policiais do interior

João Henrique do Vale
O serviço de inteligência da Polícia Militar (PM) já monitora as redes sociais para traçar estratégias que serão usadas nas manifestações marcadas para sexta-feira e domingo.
Pelo menos 15 mil policiais da Grande BH serão empenhados para acompanhar os atos. Também não está descartado a vinda de militares do interior do estado para reforçar a segurança na capital mineira.

As manifestações serão feitas em favor e contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Na sexta-feira, militantes vão sair às ruas para apoiar a petista. No domingo, vários atos estão marcados em desfavor de Dilma. O clima já esquentou no domingo quando a presidente fez um pronunciamento. Em vários bairros de Belo Horizonte, os moradores fizeram um 'panelaço' em protesto.


Para evitar depredações e confrontos, a PM traça estratégias semelhantes as usadas nas Copas do Mundo e das Confederações, quando as manifestações tomaram o Brasil. “Vamos usar o efetivo da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que é de 15 mil. Isso, contando com os policiais das unidades administrativas e o reforço da academia. O comandante também pode, caso ache necessário, transferir tropas do interior para a capital. Temos logística para isso”, afirma o major Gilmar Luciano, da assessoria de imprensa da PM.

Na Copa do Mundo, o modelo que evitou depredações foi o envelopamento dos manifestantes. Durante os atos, os policiais faziam um cordão em volta dos participantes dos atos. “A tática de delimitação de perímetros é uma operação especial. Essa é uma das muitas técnicas que temos, mas vai depender de como estará a situação. Por exemplo, como vou fazer isso com 60 mil pessoas? Independente disso, posso dizer que estamos preparados para qualquer tipo de situação”, diz o major.

Além do aumento no policiamento, as aeronaves também serão usadas durante os atos. “Somente em BH temos seis aeronaves. Elas terão o objetivo de fazer a observação e o comandante passar as informações para definirmos as estratégias e fazer o remanejamento da tropa”, comenta Gilmar Luciano.


Os protestos etão sendo convocados por meio das redes sociais. Por causa disso, o serviço de inteligência da PM está fazendo o monitoramento dos aplicativos. Na próxima quinta-feira, depois que for finalizado o levantamento, a PM deve divulgar, oficialmente, como será a estratégia que será utilizada.

Uma das situações que serão barradas pela PM é o fechamento total de ruas e avenidas. Nessa segunda-feira, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) informou que o comandante do policiamento não vai tolerar o bloqueio total das vias. Segundo ele, “será permitida a livre manifestação, mas respeitando o direito de ir e vir das outras pessoas. Ou seja, se tem três faixas, ocupa uma e deixa duas em aberto”. .