“A escola foi entregue pela prefeitura à comunidade em 2013 com uma série de problemas de construção. A escola inunda, as águas entram dentro das salas”, explica Luiz Roberti, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-Rede) e professor da Escola Itamar Franco. “No ano passado alguns pavimentos começaram a tremer, os funcionários começaram a perceber. Foi acionada a Sudecap, Defesa Civil, Bombeiros.
Em setembro eles decidiram colocar escoramento”, diz. Conforme Roberti, duas partes da escola receberam o reforço das escoras e a previsão era de que elas seriam retiradas para a realização de reparos.
As aulas voltaram no último dia 3 e a situação da escola foi tema de uma assembleia envolvendo funcionários e pais para discutir o futuro da unidade. Durante a reunião, eles decidiram realizar o protesto na porta da secretaria, onde esperam ser recebidos por algum responsável. Ainda segundo Luiz Roberti, profissionais e comunidade escolar acreditam que as aulas devem ser suspensas.
O gerente de Infraestrutura e Rede Física da Secretaria Municipal de Educação, Luiz Henrique Borges de Oliveira, informou que desde o início das atividades, a comunidade escolar tem procurado a pasta e a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) para solicitar a análise de várias situações na estrutura física que eles consideravam que não estavam de acordo com a normalidade. “A Sudecap tem nos atendido, visitado a escola e entrega os pareceres. A escola recorrentemente, e de forma legítima, tem feito novos questionamentos”, explica.
Oliveira confirma que o auditório e outra parte do prédio precisaram ser isolados para estudos técnicos, mas, segundo ele, um parecer apresentado pela Sudecap em 25 de setembro de 2014 afirma, no item 2, que “a estrutura não apresenta risco de colapso para os funcionários”. O documento também foi encaminhado à diretoria da escola. O gerente ainda esclarece que a Sudecap se comprometeu a forncer um parecer conclusivo sobre a situação da estrutura da escola até o fim deste mês.
Sobre o protesto de hoje, Oliveira afirma que deve ser formada uma comissão que será encaminhada para uma discussão na Superintendência de Desenvolvimento da Capital. .