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Estado de Minas

Prefeituras de Betim e Contagem são a favor da interdição da Várzea das Flores no Carnaval

As duas administrações municipais afirmam que a decisão deve ser tomada para evitar acidentes com os turistas e também por causa da crise hídrica


postado em 05/02/2015 16:37 / atualizado em 05/02/2015 18:47

A Lagoa Várzea das Flores costuma receber cerca de 10 mil pessoas durante o Carnaval(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
A Lagoa Várzea das Flores costuma receber cerca de 10 mil pessoas durante o Carnaval (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)

O baixo nível da lagoa Várzea das Flores, área de lazer da Região Metropolitana de Belo Horizonte, e os riscos de acidentes com o lixo exposto por causa da seca, aliados com a crise hídrica em Minas Gerais levaram a Copasa a pedir a interdição do manancial no feriado de Carnaval. As prefeituras de Betim e Contagem, que são responsáveis pelo espelho d’água, concordam com a decisão e estão dispostos a contribuir com os recursos para evitar a presença de turistas.

Várzea das Flores é um dos mananciais que abastece a região metropolitana e assim como outros reservatórios, enfrenta baixa vazão neste início de ano. Durante o feriado de Carnaval, segundo o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Thomáz Perilli, recebe cerca de 10 mil pessoas. Por causa disso, a empresa teme que, além da poluição da água, o risco de afogamentos aumente.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Contagem, Ivair Soalheiro, concorda com a interdição. Segundo ele, a medida já está sendo discutida há um mês pela Copasa, Polícia Militar, Marinha, Corpo de Bombeiros, e as prefeituras de Betim e Contagem. “Cada um em sua área fez um relatório para aconselhar ou não a interdição. Nossa posição foi em cima do relatório da Copasa. Por isso, apoiamos a interdição”, afirma o secretário. Nos encontros, apenas a Marinha se mostrou favorável em deixar livre o acesso. “A posição da Marinha do Brasil é contra. Eles argumentam que, como mineiro não tem praia, lá é uma opção de banho e lazer, por isso não poderia extinguir esse desejo”, revelou.

Soalheiro ressalta que o nível baixo da Várzea das Flores, que está com 30% de sua capacidade, pode ocasionar acidentes. Com o espelho d’água baixo, cisternas, pedaços de madeira e até cacos de vidro estão expostos. “Temos duas questões, atualmente. A crise hídrica e a segurança dos banhistas. Por isso, o que vamos fazer e não incentivar os turistas e moradores”, explicou.

A estratégia da prefeitura será fazer uma campanha publicitária para desmotivar a ida dos moradores para a Várzea das Flores. “Caso um órgão estadual decrete a interdição, estaremos dispostos a ajudar no que estiver ao nosso alcance”, disse Soalheiro.

A prefeitura de Betim também segue a mesma linha que Contagem. Para o secretário municipal de segurança pública do município, Luis Flávio Sapori, os banhistas correm riscos se frequentar a região, além da preocupação com a crise hídrica. “Somos totalmente favoráveis a interdição. O espelho d'água da lagoa diminuiu muito com a crise hídrica. Veio à tona uma quantidade de cisternas e pedaços de madeiras que estavam submersas desde a sua construção. A interdição é para preservar a vida”, declarou o secretário.

Caso a interdição seja concretizada, Betim já tem um plano para impedir a presença de turistas na região. “Temos disponibilidade de usar agentes da Transbetim, Guarda Municipal e a Defesa Civil para viabilizar a interdição. Eles ajudariam a Polícia Militar, que deve ser convocada pelo governo estadual. Sem a PM seria quase impossível fazer o esquema”, completou Sapori.

Reunião no Palácio Tiradentes

Representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), Corpo de Bombeiros Polícia Militar e o diretor de Operação da Copasa, Rômulo Perilli, para discutir a restrição de acesso da Várzea das Flores. Uma outra reunião foi marcada para a próxima semana com as prefeituras de Betim e Contagem. "Se sabemos que existe um risco, se estamos denunciando para a população e pedindo para ela economizar água, a Copasa não pode se eximir", diz Perilli.

O conteúdo discutido na ata da reunião promovida pela Defesa Civil será apresentado, na segunda- feira, no próximo encontro da força-tarefa criada para gerir o abastecimento de água no Estado.


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