Filmado dentro dessa mesma cadeia, em julho, o filme mostrou a rotina da ala criada especificamente para homossexuais, uma experiência pioneira no sistema prisional brasileiro. Passados seis meses, apenas três dos “atores” do documentário permanecem atrás das grades. Quando aparecem na telona, provocam rebuliço entre os demais colegas de cela. Não houve espaço para choro, embora o diretor independente Fred Bottrel tenha escolhido exibir o filme durante a festa de Natal da prisão, em 23 de dezembro.
“São todos sofridos demais. Somente Liz chorou discretamente. Mas secou as lágrimas com a palma da mão, para não borrar a maquiagem”, comentou o jornalista, que trabalha no Correio Braziliense, do Grupo Diários Associados.
A partir desse marcante retorno ao presídio, Bottrel lançou ontem o metadocumentário A Ala vê a Ala, disponível no Facebook. Já o documentário original, premiado em três festivais só este ano, permanece inédito em BH..