Jornal Estado de Minas

Médicos que atendem na Santa Casa fazem paralisação

Profissionais ligados a uma cooperativa deixaram de atender hoje. Cirurgias agendadas e alguns procedimentos ambulatoriais foram cancelados, mas atendimento aos pacientes internados e urgências na Clínica de Olhos e Maternidade são realizados normalmente

Cristiane Silva
Médicos da cooperativa Santacoop, que prestam serviços à Santa Casa de Belo Horizonte, estão em paralisação nesta segunda-feira.
Por conta do protesto, alguns procedimentos que seriam realizados hoje foram cancelados.

De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, os profissionais reivindicam o repasse feito diretamente pela Secretaria Municipal de Saúde à cooperativa. “As complementações financeiras feitas pela Santa Casa BH, ao seu corpo clínico, estão rigorosamente em dia”, informou a instituição, por meio de nota.

Ainda de acordo com a Santa Casa BH, os atendimentos aos pacientes internados não foram prejudicados. Os procedimentos de hemodiálise, oncologia e transplantes, assim como os atendimentos de urgência da Clínica de Olhos e da Maternidade Hilda Brandão também estão funcionando normalmente.

No entanto, por causa do movimento, alguns procedimentos ambulatoriais que dependem dos médicos, como exames, e as cirurgias eletivas – agendadas – foram desmarcadas pelo hospital.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que está acompanhando as solicitações da Santa Casa de BH, que é de gestão plena – de responsabilidade do município.
“(...) a SES está aguardando a análise das demandas da instituição por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Apenas após essa análise poderá ser feito um plano de trabalho pela Santa Casa. Esse plano de trabalho será apresentado à SES e a partir dele será celebrado um convênio para o repasse dos recursos necessários”, diz o documento.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, disse que o Ministério da Saúde está tendo dificuldades de efetivar o repasse financeiro de recursos do SUS, inclusive o teto de média e alta complexidade, que viabiliza o pagamento dos hospitais contratualizados.

Informou também que por meio de esforço e remanejamento interno, está viabilizando o pagamento de 85% (R$ 15.932.806,86) dos recursos que a Santa Casa tem a receber, sendo que segundo a secretaria, o FNS até o momento repassou apenas 70% dos recursos..