Jornal Estado de Minas

Estacionamento na Praça Tiradentes em Ouro Preto continua liberado neste fim de semana

Prefeito da cidade, José Leandro Filho (PSDB), reassumiu o cargo nesta sexta-feira e disse que só vai rever as decisões do interino Léo Feijoada (PSDB) na segunda

Alessandra Alves Luana Cruz
Turistas que forem a Ouro Preto neste fim de semana poderão estacionar seus veículos na praça - Foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press

O prefeito de Ouro Preto, José Leandro Filho (PSDB), que havia sido afastado do cargo no dia 6 de novembro pela Justiça Eleitoral, reassumiu o lugar nesta sexta-feira e disse que só irá rever as atitudes tomadas pelo interino Léo Feijoada (PSDB) na próxima segunda-feira. Assim, a decisão de liberar o estacionamento na Praça Tiradentes, continua valendo para este fim de semana.

O vereador Leonardo Edson Barbosa (Léo Feijoada) assumiu na quarta-feira a administração pública do município e tomou uma série de medidas, dentre elas, a liberação do estacionamento na praça. De acordo com o subcomandante da Guarda Municipal de Ouro Preto, Geovani Mapa, assim que os órgãos responsáveis pelo trânsito foram avisados da mudança eles iniciaram a troca de sinalização de estacionamento rotativo e fiscalização no trecho, o que não impediu um desconforto no local, já que motoristas visitantes e também a população estavam desinformados sobre a liberação da parada.

A proibição do estacionamento aconteceu em julho de 2013, quando Leandro Filho (PSDB) ordenou a retirada das abas que delimitavam as áreas destinadas ao estacionamento de carros e as duas ilhas nas extremidades do passeio central que ajudavam a pôr ordem no tráfego. Elas também serviam de auxílio para a travessia de quem está a pé. As estruturas tinham sido construídas no final de 2008, ano em que prefeitura, o Ministério Público e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) assinaram um termo de ajustamento de conduta (TAC) para tentar diminuir o trânsito intenso de carros e, entre outros motivos, melhorar as condições de preservação do patrimônio histórico.

Com a retirada das abras e ilhas de estacionamento, ficou vetada a parada de veículos na praça. Na época, a prefeitura afirmou que recebeu reclamações de motoristas e informou sobre a meta de criar oito faixas para pedestres no entorno da praça. Daí para frente criou-se uma polêmica.
O MP notificou a prefeitura exigindo o retorno ao estado anterior, sob pena de multa diária e, se necessário, medidas judiciais, alegando que as mudanças desrespeitam um acordo firmado em 2008. A secretaria de Cultura e Patrimônio defendeu a reforma e afirmou que parte dela foi permitida pelo Iphan, responsável pelo tombamento do Centro Histórico. Porém, o escritório do Iphan negou, à época, que tenha dado qualquer autorização. .