Jornal Estado de Minas

Quadrilha investigada pelo Ministério Público atua em Minas Gerais há 40 anos

Peças encontradas em BH são bens culturais retirados ilegalmente do Engenho Morojó, em Pernambuco. O imóvel do século 18 é tombado como patrimônio nacional

- Foto: Alex Lanza/MPMG
O promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda informou na tarde desta terça-feira que a quadrilha investigada pelo Ministério Público durante a Operação Barroco Mineiro agia em Minas Gerais há cerca de 40 anos. Pela manhã, o órgão recolheu centenas de documentos, incluindo notas fiscais, recibos, livros e fotografias de peças sacras em um galpão da Região Nordeste da Capital.

Veja imagens da operação

De acordo com o promotor, ninguém foi preso durante a operação, mas muitas peças foram recuperadas. “Encontramos mais de 500 fotografias, notas fiscais e nomes de colecionadores, que eram monitorados e cadastrados. Eles traziam as peças para a Capital e agora vamos verificar quem eram os fornecedores e como eles faziam o transporte do material”, disse.


Conforme o Ministério Público, as peças encontradas em BH são bens culturais retirados ilegalmente do Engenho Morojó, em Pernambuco. O imóvel do século 18 é tombado como patrimônio nacional. Em setembro de 2013, durante a Operação Morojó, realizada pela Polícia Federal, o Iphan constatou que objetos foram transportados ilicitamente do engenho para a capital mineira. O Iphan solicitou o apoio do MPMG, que passou a investigar o caso.

Técnicos da promotoria, do Iphan e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) constataram a existência, no galpão, de bens que integram templos coloniais mineiros.

Cerca de 30 pessoas, entre promotores de Justiça, policiais militares, auditores da Receita Estadual e servidores do MPMG, Iphan, Iepha e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) participaram da operação.

Com informações Gustavo Werneck

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