Jornal Estado de Minas

Torcedores da Máfia Azul negam crime contra rivais da Galoucura

Quatro cruzeirenses estão presos, respondendo a tentativa de homicídio, por envolvimento em uma briga no dia 21 de setembro que terminou com quatro atleticanos baleados na Avenida do Contorno, em BH

Luana Cruz Andréa Silva

- Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press

Os quatro torcedores da Máfia Azul, acusados de participar de uma briga que terminou com atleticanos da Galoucura baleados no último dia 21 de setembro, negaram o crime que aconteceu na Avenida do Contorno, Centro de BH. Os times mineiros se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro e os torcedores entraram em conflito a caminho do estádio Mineirão. Os cruzeirenses estão presos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, respondendo por tentativa de homicídio.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos Thiago Ramalho de Souza, 31 anos, Rhuan Brito de Souza, 26, Marcos Junio Anacleto Brito, 24, e Arthur Augusto Ferreira, 21 anos, foram identificados com a ajuda de imagens de câmeras usadas para registrar a briga, além de vídeos dos equipamentos do Olho Vivo e circuito interno de comércios da região onde ocorreu o tumulto.

Conforme o delegado Marcelo de Andrade Paladino, os cruzeirenses seguiam em um Gol vermelho, de propriedade de Thiago, “escoltando” um ônibus com outros torcedores da Máfia Azul. Eles saíram da Região Nordeste de BH e, por acaso, esbarraram com torcedores adversários no caminho. Os atleticanos estavam concentrados entre a Avenida do Contorno com Avenida Andradas. Os integrantes da Galoucura estavam escoltados pela PM, diferente dos cruzeirenses que seguiam sem acompanhamento da corporação.



Quando se encontraram, os rivais trocaram provocações e ofensas. No tumulto, houve disparos de arma de fogo que, segundo testemunhas, partiram do Gol. A polícia acusa Rhuan de ser o autor dos tiros que atingiram quatro atleticanos. Um revólver calibre 22 foi apreendido.

Com informações sobre o carro, os investigadores conseguiram prender Thiago e em continuidade às apurações, encontraram – na última segunda-feira – os outros três envolvidos. Conforme o delegado Paladino, os quatro presos não têm antecedentes criminais. Segundo o policial, todos negaram envolvimento na confusão.

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