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Estado de Minas

No Dia de São Francisco de Assis, animais recebem benção na Igrejinha da Pampulha

Cerimônia reuniu mais de 100 pessoas na tarde desse sábado


postado em 05/10/2014 06:00 / atualizado em 06/10/2014 08:59

Donos de animais fizeram fila para que eles recebessem benção do padre Ademir Ragazzi(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Donos de animais fizeram fila para que eles recebessem benção do padre Ademir Ragazzi (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)

Mais de uma centena de pessoas, junto com seus animais de estimação, a maioria cachorros, se reuniram sábado à tarde na Igrejinha da Pampulha para a benção dos animais, que foi celebrada numa das principais atrações turísticas de Belo Horizonte. A iniciativa movimentou a região, na data em que se comemorava o dia de São Francisco de Assis, conhecido como o protetor dos animais. A benção na Pampulha foi uma das celebrações organizadas na cidade para homenagear o santo que nasceu rico, mas optou pela pobreza. De acordo com o padre Ademir Ragazzi, a celebração tem a ver com as mensagens de São Francisco, ligadas à harmonia universal, ao diálogo com a natureza e os animais.

“A Pampulha foi pensada e realizada no contexto da capital mineira para chamar ao encontro com o belo e a natureza. Anteriormente a Igrejinha funcionava mais como um museu, com celebrações litúrgicas muito restritas. Agora estamos realizando outras celebrações”, diz o padre Ragazzi. Antes e durante a benção, centenas de cães e seus donos se aglomeravam à frente e dentro da igrejinha, numa verdadeira sinfonia de latidos que se confundia com a música ao vivo que tocava desde a versão musicada pela Igreja Católica para a oração de São Francisco até canções de Toquinho e Vinícius de Morais, como Aquarela.

A artista plástica Luna Ramos foi à igrejinha com Pandora, uma viralata mestiça com pastor alemão capa preta. Ela conta que seu encontro com a cadela “parecia que estava escrito”, já que a ganhou de presente de um amigo. “Sempre venho nessa benção porque cachorro não pode ficar doente, já que não tem plano de saúde. Cada vez que eles adoecem é um rombo no orçamento”, diz Luana. Ao lado dela, bem na primeira fila de bancos do templo desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e decorado com pinturas de Cândido Portinari, a autônoma Patrícia Euzébia Serazo, segurava Zé Pretinho, outro viralata mesclado com pastor capa preta. “Os dois são SRD (Sem Raça definida)”, brincou. Enquanto os cães se apresentavam um ao outro, cheirando aqui e ali, as duas conversavam sobre o ganho de peso de ambos, decorrente do fato de haverem sido castrados, e sobre vacinação.

Maria Ragazzi, de 72, conta que morava em Vila Velha (ES) até o início do ano, quando o marido morreu. Depois disso, mudou-se para Belo Horizonte e trouxe junto com ela Peti, uma yorkshire de dois anos. “Quando estava no hopital, meu marido chamou minha filha e pediu que ela cuidasse do Peti. Minha filha respondeu que cuidaria não somente do cachorrinho, mas também de mim”, lembra, emocionada. Enquanto esperava pelo início da cerimônia, a médica Beatriz Quirino acompanhava seu filho, Fábio, que carregava uma gaiola com quatro periquitos azuis e branco, destoando do universo canino que reinava na igreja. “Trouxemos também nosso pastor alemão. Já abençoamos até um hamister, mas periquito é a primeira vez”, explica.


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