Jornal Estado de Minas

Servidores públicos municipais ameaçam paralisar as atividades nesta terça em BH

A categoria reivindica um reajuste salarial de 7%, projeto de lei que já se arrasta desde o início do mês

Os servidores públicos municipais de Belo Horizonte ameaçam paralisar as atividades nesta terça-feira caso a Câmara de Vereadores não aprove o projeto de lei que concede reajuste salarial de 7% aos funcionários da capital.
Na tarde desta segunda-feira, parlamentares se reuniram em sessão extraordinária para discutirem a situação, mas não houve acordo. “Outros projetos precisam ser votados para que a nossa causa seja atendida. Mas acontece que o processo não anda e nós queremos os nossos direitos”, reivindica Israel Arimar, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).

Na noite desta segunda-feira, ainda haverá uma reunião para dar prosseguimento à discussão sobre o reajuste salarial, mas de acordo com Israel, não há expectativa de um desfecho satisfatório. “O andamento desse projeto já se arrasta desde o início do mês e até agora nada. Hoje o clima foi de muita tensão na Câmara, então não acredito que seremos ouvidos esta noite”, reclamou. Segundo a Sindibel, a primeira parcela do reajuste referente ao mês de julho está atrasada em dois meses. A Prefeitura preferiu não se pronunciar enquanto não houver o desfecho da sessão.

As reuniões desta segunda-feira na Câmara Municipal tiveram um clima tenso.
Além das reivindicações dos servidores públicos, outros dois projetos de lei foram discutidos: a remissão de débitos tributários e a implantação do Hospital do Barreiro. A sessão, que começou às 15h15, teve que ser interrompida diversas vezes e precisou do acionamento da Polícia.

Desde junho, a Câmara não vota nenhum projeto e as últimas reuniões foram marcadas por bate-bocas e xingamentos entre os parlamentares. Vereadores da oposição reclamam de uma pressão do Executivo para conseguir aprovar projetos sem discuti-los no Legislativo. Integrantes da base aliada rebatem, dizendo que as propostas vão beneficiar a população e que a oposição tem impedido as votações apenas para atacar o prefeito Marcio Lacerda (PSB). (Com informações de Alessandra Alves e Marcelo da Fonseca).