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Estado de Minas

Acusação vê jogada de réus com indicação do local onde corpo de Eliza foi enterrado


postado em 26/07/2014 06:00 / atualizado em 26/07/2014 07:06

O assistente de acusação no processo da morte de Eliza Samudio, o criminalista José Arteiro Cavalcante Lima, afirmou ontem não ter dúvida de que  Jorge Rosa, primo de Bruno, mentiu mais uma vez ao dizer que sabia onde o corpo foi enterrado. Para ele, pode ser uma jogada do goleiro, Bola e Macarrão, condenados pelo crime que entraram com recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, contestando vários itens do julgamento, e ainda esperam uma decisão dos desembargadores.

“É um jogo que está trazendo prejuízo para o erário. Esse rapaz tinha de ser processado por estar falando mentiras. Mas, se ele for processado por falso testemunho, estará ajudando Bruno no recurso dele”, entende o criminalista.

Para Arteiro, o fato de o corpo não ter sido encontrado desqualifica Jorge por mentir desde o começo. “Foi com base nas declarações de Jorge que começaram as investigações. Eles querem desqualificar também o atestado de óbito de Eliza, que a juíza Marixa concedeu com base nas palavras de Jorge, mesmo sem ter o corpo”, diz.

INVENÇÃO Já o advogado de Bola, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, afirmou que, independentemente de acharem ou não o corpo, não vai interferir em nada na defesa do seu cliente. Segundo ele, na fase do julgamento, Jorge não reconheceu Marcos Aparecido como o homem apelidado de Bola que ele conheceu na execução de Eliza e citou no depoimento. “Depois da confissão do Macarrão e uma parcial confissão do Bruno, se eles mataram ou deixaram de matar Eliza não tem nada a ver com Marcos Aparecido”, afirmou Zanone.

Para ele, Jorge pode ter inventado a história do terreno em busca de notoriedade ou ter sido pressionado por alguém: “Se esse corpo aparecer, vai beneficiar em muito Marcos Aparecido, se for encontrado inteiro. A dinâmica contada por Jorge foi a de que ela foi esquartejada e partes do seu corpo dadas aos cães”.

Jorge afirmou que foi pressionado por advogados no início das investigações da morte de Eliza, mas agora foi por dor de consciência e que em nenhum momento quis ou foi induzido a revelar onde o corpo estava enterrado para diminuir a pena de Bruno. “Foi para aliviar meu coração e a mãe dar um enterro digno a ela”, alegou. O delegado Wagner Pinto não acredita em jogada da defesa dos réus: “Não vejo nenhum ponto neste momento para tentar excluir uma culpa”.


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