Jornal Estado de Minas

Belo Horizonte recebeu 355 mil turistas na Copa do Mundo

Os dados são de uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes (Setes) e divulgados nesta terça-feira. Do total dos turistas, 200 mil eram de fora do país

João Henrique do Vale Bruno Freitas
O estilo acolhedor dos mineiros e a culinária foram os quesitos mais bem avaliados pelos turistas - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press
A Copa do Mundo trouxe uma oportunidade única para os mineiros, principalmente os moradores de Belo Horizonte, de divulgar os nossos costumes e hábitos aos estrangeiros.
Nesses 32 dias de jogos, por onde você andava pela capital, uma das sedes do Mundial, ouvia vários idiomas diferentes. Dados de uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes (Setes) e divulgados nesta terça-feira, indicam que BH recebeu 355 mil turistas, sendo 200 mil de fora do país e outros 155 mil brasileiros.

O levantamento foi feito com apoio da Belotur, do curso de Turismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e realizado pela JF Instituto de Pesquisa. Ao todo, 2,8 mil pessoas foram entrevistadas, porém, até esta terça-feira, apenas 40% deste total foram apurados. Os dados restantes ainda serão divulgados nos próximos meses. O estudo possui margem de erro de 2%.

O secretário estadual de Turismo, Tiago Lacerda, destacou que estilo acolhedor dos mineiros e a culinárias foram os quesitos mais bem avaliados pelos turistas.
“A avaliação da Copa é muito positiva, seja em termos de número de visitantes, do ambiente, do clima festivo, na cidade e no estado. Tivemos várias avaliações positivas, de torcedores, turistas que não foram ao estádios, pessoas que trabalharam, da Fifa, do COL, das empresas que trabalharam com eles, jornalistas estrangeiros, principalmente daqueles que foram à outras sedes. A comparação que eles fazem em relação à forma como foram recebidos aqui. Gastronomia, claro. E principalmente o jeito mineiro de acolher as pessoas”, afirmou.

A Copa do Mundo serviu para expôr Minas Gerais aos turistas, o que pode atrair mais pessoas para o estado e, também, para a capital mineira, local que recebeu o maior número de visitantes. “Tivemos um número que superou nossa expectativa de turistas estrangeiros, 200 mil, além de 155 mil brasileiros que passaram por aqui. Esse já é um grande legado quando se pensa na promoção internacional de Minas Gerais e Belo Horizonte. Hoje estamos num novo patamar, mostramos a nossa capacidade de receber qualquer grande evento internacional”, comentou Tiago Lacerda.

Vários moradores e empresários, com grande maioria do setor de bares e restaurantes, se prepararam anteriormente para atender os estrangeiros no Mundial. Porém, a falta de domínio do inglês foi notado na cidade, mas não atrapalhou na comunicação. “ É necessário a toda a população o aprendizado de todas as línguas. O inglês de fato precisa ser aprimorado pela nossa cidade, mas hoje temos muitos modais de tradição com todos aparatos que podem ser utilizado.
(O inglês) Poderia mostrar maior conforto. Também ocorre quando a gente vai ao exterior e aquele vendedor ou comerciante não fala a nossa língua”, avaliou Camillo Fraga, secretario municipal extraordinário para a Copa (SMCopa).

Somente no estádio do Mineirão, 7 mil jornalistas credenciados cobriram a Copa e o público presente nos seis jogos foram de 345.350 pessoas, com média de 57.558 pessoas por jogo. No Estado na área de saúde, foram feitos 1.173 atendimentos, sendo 153 a estrangeiros, e existiram seis casos de vítimas de violência.

A Savassi foi um dos lugares escolhidos pelos turistas para assistirem aos jogos e se divertirem - Foto: EM/D.A.Press
Festas lotadas

Em todos os jogos, dois locais atraíram um grande número de pessoas que acompanharam as partidas com animação e muita bebedeira. Na Fifa Fun Fest, realizada no Expominas, cerca de 250 mil pessoas passaram nos 15 dias de programação. A lotação máxima foi atingida nos cinco dias de jogos do Brasil.

A Região da Savassi, principalmente o entorno da Praça Diogo de Vasconcelos, também recebeu um grande número de pessoas. Em alguns dias, muitos reclamaram da falta de estrutura. “A prefeitura montou toda a estrutura. Inicialmente imaginávamos um evento para 12 mil pessoas e esse número foi aumentando ao longo da Copa. Em igual postura a prefeitura foi ampliando os serviços na parte de limpeza, banheiros públicos. É importante isso.
A capacidade que tínhamos de adequar a demanda e ajustar essa nova vontade do público belo-horizontino e turistas e atender as demandas de forma razoável”, explicou Fraga. .