Jornal Estado de Minas

Filha de advogado que atuou no Caso Bruno é encontrada morta no Panamá

Corpo de Graziella Cavalcante, filha de José Arteiro, foi encontrado em avançado estado de decomposição e com sinais de violência

Clarissa Damas João Henrique do Vale

- Foto: Reprodução/Facebook



Depois de ficar quase uma semana desaparecida, a mineira Graziella Cavalcante, de 37 anos, foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava, na Cidade do Panámá, no Panamá, na América Central. Ela é filha do advogado José Arteiro, que trabalhou como assistente de acusação no inquérito que apurou a morte de Eliza Samúdio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa local, o corpo de Graziella foi encontrado já em avançado estado de decomposição e com sinais de violência na madrugada de quinta-feira, por um amigo dela. A embaixada brasileira no Panamá foi procurada pela reportagem do em.com e informou que está aguardando a autorização do Ministério de Relações Exteriores do país para poder repassar detalhes sobre o caso para a imprensa. Já o Itamaraty informou que só irá comentar o caso após as 15h desta sexta-feira. A reportagem também tentou entrar em contato com José Arteiro, mas ele está em trânsito para o Panamá para acompanhar as investigações sobre a morte da filha.

Parentes de Graziella informaram que ela sempre fazia contato com a família. O último aconteceu na sexta-feira, 4 de julho. “Ela conversava com meu pai e minha irmã que mora em São Paulo por conferência. Os três na mesma ligação.
Esse contato foi na semana passada”, explica Amanda Cavalcante Lima, de 15 anos. A garota é irmã por parte de pai de Graziella.

Segundo a adolescente, José Arteiro recebeu a notícia da morte por meio de um amigo. A ligação aconteceu na madrugada de quarta-feira. Desde então, o advogado tentava conseguir passaportes para ele e duas filhas, de 30 e 40 anos. Os três deixaram o país nesta sexta-feira.

O destino do corpo de Graziella ainda é um mistério. Conforme Amanda, o pai informou que ainda não sabe o que vai fazer. Segundo informações da imprensa local, o corpo está em avançado estado de decomposição. A intenção da família portanto seria cremar o corpo e trazer as cinzas.

De acordo com um funcionário da embaixada brasileira no Panamá, ainda não há muitas informações sobre o caso. “O que temos são informações de jornais e o pessoal especula muito. Por isso, já solicitamos ao Ministério de Relações Exteriores que passem informações iniciais sobre o caso”, disse o homem que não quis se identificar.


Conforme o funcionário, Graziella Cavalcante tinha que ter ido a embaixada para resolver problemas referentes ao passaporte dela, porém, não compareceu ao local.

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