Jornal Estado de Minas

Desabamento em BH aconteceu no caminho entre o Aeroporto de Confins e o Mineirão

Autoridades procuram uma solução para o problema

Sandra Kiefer
O desabamento do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, interditou a principal ligação entre o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e o Estádio do Mineirão, sede de seis partidas, incluindo a semifinal marcada para a próxima terça-feira.
A via também é acesso importante entre cidades da Grande BH e bairros do Vetor Norte da capital à Pampulha e à Região Central da cidade. Todos os dias, milhares de pessoas circulam pela Pedro I para trabalhar ou estudar. Durante a Copa, um grande número de torcedores de diversas nacionalidades passou sob o viaduto durante o trajeto entre o aeroporto e o estádio.


Pelo menos três seleções que estiveram em Belo Horizonte nas duas primeiras fases do Mundial passaram pela avenida ao deixarem o Mineirão depois dos jogos, seguindo direto para o aeroporto. O mesmo trajeto foi feito pela delegação da Seleção Brasileira no sábado passado, após a partida contra o Chile. O ônibus com integrantes da comissão técnica, dirigentes e jogadores passou sob o viaduto no retorno ao Rio de Janeiro. Torcedores que circularam na Região da Pampulha, incluindo aí os argentinos e chilenos que usaram o Parque Lagoa do Nado como acampamento, também passaram sob a estrutura que desabou ontem à tarde.

O viaduto, que sai da Avenida General Olímpio Mourão e passa sobre a Avenida Pedro I, era também caminho obrigatório entre o aeroporto de Confins e a Cidade do Galo, local onde a seleção argentina está concentrada durante o Mundial. O time argentino passou pelo local no dia da partida contra o Irã, no último dia 21.

Já a seleção chilena estava na região da Pampulha, na Toca da Raposa II. Depois da derrota para o Brasil, no dia 28, deixou o Mineirão pelo corredor da Avenida Pedro I, em direção a Confins.

REMOÇÃO OU MUDANÇA Para a semifinal da próxima terça-feira, por causa do acidente, a Secretaria Estratégica da Copa (Secopa) confirmou, via assessoria, que estão em estudos duas alternativas para garantir o acesso dos torcedores ao estádio passando pela Pedro I. A primeira seria a remoção dos destroços da estrutura que desabou, com equipes trabalhando 24 horas por dia para retirar toneladas de escombros que caíram.

A outra seria o desvio do tráfego para rotas alternativas, o que já está ocorrendo desde ontem à tarde. Com o acidente , a Avenida Cristiano Machado deve receber maior parte do fluxo de tráfego, além das avenidas Portugal e Vilarinho.

A decisão sobre as providências que devem ser tomadas em regime de urgência ficará a cargo de um comitê estruturado ontem pela Prefeitura de BH, composto por técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, da Defesa Civil, da Cowan, empresa responsável pelas obras, e da Consol, empresa responsável pelo projeto.

 

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