Servidores da rede de educação de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fizeram uma manifestação na tarde desta sexta-feira na BR-381. Os trabalhadores estão em greve desde 23 de maio e não aceitam a proposta salarial feita pela prefeitura. A categoria fechou a rodovia no sentido capital mineira / Betim por aproximadamente 20 minutos, o suficiente para causar um longo congestionamento.
Uma assembleia da categoria estava marcada para acontecer nesta tarde, porém, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute Contagem), a prefeitura não apresentou uma nova proposta. Por causa disso, aproximadamente 500 professores foram para a Trincheira da Praça da Cemig e fecharam o trânsito no sentido Belo Horizonte/Betim. Há congestionamento na região.
De acordo com a Transcon, por causa do bloqueio na rodovia, o congestionamento atingiu a Avenida Babita Camargos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a via foi liberada as 16h20.
Os manifestantes não aceitam a proposta da Secretaria de Educação de Contagem que oferece 5,8% de reajuste, com base na inflação. De acordo com a coordenação do movimento, o governo alegou restrições orçamentárias para melhorar a proposta. Deste modo, foi feita uma contra proposta que pede 5,58% de reajuste, 30% de reajuste no piso das agentes de educação infantil, mais R$530,00 em forma de gratificação, mantendo a jornada de trabalho de 30 horas semanais.
Em nota, a Prefeitura de Contagem afirmou que alterou a proposta a proposta inicial assegurando o ganho real reivindicado pela categoria, elevando de 5,8% para 6,8%. Com a proposta apresentada, o professor passaria a receber o piso de R$ 2.156,41, e em janeiro de 2015, R$ 2.177,97, pela jornada de trabalho semanal de 22h30. O quadro administrativo também terá novo piso a partir de maio de 2015.
A administração municipal informou que enviou à Câmara Municipal de Contagem as minutas de projetos de lei que asseguram aos educadores os benefícios concedidos à categoria.