Jornal Estado de Minas

Ergonomia cerebral, a nova necessidade nas empresas

Ergonomia não é mais assunto sobre móveis adequados à boa postura e confortono escritório.
A ergonomia cerebral é fundamental para o bem-estar do indivíduo nas suas atividades profissionais. Isso porque problemas psicoemotivos, como a depressão e a ansiedade, são a segunda causa mundial de afastamentos. No Brasil, eles ocupam o terceiro lugar no ranking da Previdência Social, atrás somente das dores na coluna e questões osteomusculares, como artrites. Em 2013, 105 mil trabalhadores brasileiros foram afastados de seus postos de trabalho em função da depressão.

Veja abaixo dicas para manter sua mente ativa e saudável:

10 PRINCÍPIOS DA UTILIZAÇÃO RACIONAL DO CÉREBRO E DAS TECNOLOGIAS NO TRABALHO

  1. Manter como tarefas próprias do ser humano aquelas ligadas à necessidade de consciência, de ações de inteligência e as de movimentos finos de alta precisão.
  2. Passar para o computador as tarefas que exijam simultaneidade, banco de dados, memória e sistemas especializados.
  3. Desenvolver bons sistemas que possam orientar decisões de processos de trabalho, especialmente em urgências e em situações em que pode haver um lapso de tempo no aprendizado por parte dos trabalhadores e a ocorrência de uma determinada situação no cotidiano do processo.
  4. Estimular o aprendizado com técnicas que valorizam a repetição de pontos fundamentais, a associação de fatos, a acentuação de pontos importantes, a compreensão do seu significado e a leitura de textos.
  5. Reciclar treinamentos periodicamente.
  6. Orientar as pessoas para a necessidade de foco em suas atividades, desestimulando a simultaneidade.
  7. Para se manter o foco no trabalho: na execução de tarefas de alta responsabilidade, todas as fontes de distração da atenção e de perda do foco devem ser desativadas – diversas medidas podem ser instituídas, como isolamento do trabalhador em local sem ruído, impossibilidade de interrupção por telefone celular ou mesmo por telefone comum, ausência de música no trabalho e permanência em ambientes isolados.
  8. Controlar o uso de equipamentos de telecomunicações pessoais ou de trabalho em tarefas em que haja necessidade de foco.
  9. Ao instituir um sistema com alta produtividade e que tenha, ao mesmo tempo, alto potencial de perdas, considerar primeiro o aspecto humano, a seguir o aspecto organização do trabalho e, por fim, o aspecto tecnologia.
  10. Conhecer as tarefas de alta carga mental e gerenciar o sistema de trabalho para que os fatores controláveis sejam solucionados e que essas tarefas sejam feitas de forma alternada com outras de menor carga mental.

Para manter o foco


Fonte: Hudson Couto, vice-presidente da Associação Mineira de Medicina do Trabalho (Amint)

A matéria na íntegra, você lê nesta quarta-feira (23/4), na página de Saúde, do jornal Estado de Minas. .