Jornal Estado de Minas

Motorista atropela e mata menor que seguia para Mineirão e foge sem prestar socorro

Vítima atravessa Avenida Antônio Carlos com Abrahão Caram quando foi atingida. Testemunhas disseram que motorista estava em alta velocidade

Thiago Lemos Rafael Passos
Estudante foi atropelado quando seguia para o Mineirão. Motorista fugiu sem prestar socorro - Foto: Rafael Passos/EM/DA Press

A imprudência de um motorista e a falta de sinalização para pedestres podem ter sido responsáveis pela morte de um adolescente de 14 anos que estava a caminho do Mineirão para o jogo entre Cruzeiro e Real Garcilaso, pela Copa Libertadores, na noite desta quarta-feira. O estudante Marcelo Ferreira Guerra tentava atravessar a Avenida Antônio Carlos, próximo ao cruzamento com a Avenida Antônio Abrahão Caram, na Pampulha, quando foi atropelado por um Fiat Marea de cor preta na pista principal da via, no sentido Centro da capital.

O motorista fugiu após o acidente sem prestar socorro à vítima e, segundo testemunhas, ele estaria em alta velocidade e teria desrespeitado o sinal de pedestres. No local da travessia, há um semáforo para pedestres, mas não existe a faixa de sinalização no piso.

O acidente aconteceu antes do início da partida, por volta das 21h30, informou o cabo do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar Eduardo Fonseca. A irmã da vítima, Tamara Guerra, de 23 anos, conta que Marcelo, morador de Ribeirão das Neves, na Grande BH, seguia para o estádio com um primo e um amigo maiores de idade.

Antes do acidente, eles se reuniram em um posto de combustível na Avenida Antônio Carlos, onde o estudante foi atropelado. Para chegar ao estádio, o grupo atravessou as duas primeiras faixas da avenida no sentido Bairro. O menor foi atingido quando fazia a travessia da penúltima faixa.

Ainda de acordo com Tamara, as duas pessoas que acompanhavam o jovem disseram que o sinal estava aberto para pedestres, porém o motorista do Marea veio muito rápido e atropelou Marcelo, que morreu na hora. “Ele estava correndo, várias pessoas viram, e o perito da Polícia Civil me contou que o carro estava a pelo menos a 110km/h. Um absurdo, tirou a vida do meu irmão, que era um atleta, e ele ainda fugiu sem prestar socorro.
Estou revoltada”, desabafou Tamara.

Segundo o cabo da PM, o menino foi arremessado por cerca de 10 metros. No local não ficaram marcas de frenagem. Apesar de o acidente ter sido presenciado por varias pessoas, ninguém conseguiu anotar as placas do carro, que ficou com a parte da frente destruída e o parabrisa quebrado. Câmeras de segurança de uma concessionária de carros pode ter gravado o acidente e ajudar a polícia a identificar o veículo.

Sobre a ausência da faixa de pedestres no local do acidente, o militar não soube informar se o local é próprio para travessia, apesar de haver ali um sinal de trânsito para pedestres. .