Os hospitais de pronto-socorro serão alvo de uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM/MG) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot). A primeira ação aconteceu nesta sexta-feira no Hospital Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde pacientes com fraturas esperam por cirurgia há mais de um mês. Irregularidades foram constatadas na unidade, porém, o relatório só sairá dentro de quatro dias.

As ações visam verificar como são realizados os serviços de ortopedia nos pronto-socorros da capital e região metropolitana. “Hoje, dois médicos fiscais acompanharam o presidente do conselho de ortopedia. De fato, foram constatadas algumas irregularidades. Porém, elas só serão expostas quando o relatório ficar pronto”, explica o presidente do CRM, Itagiba de Castro Filho.

Pacientes da unidade de saúde reclamam do atendimento precário no local. Constantemente, há falta de médicos. O em.com.br recebeu denúncia de que há pacientes com fraturas nas pernas e braços há mais de um mês esperando por cirurgia.

O diretor clínico do Hospital Municipal de Contagem, Daniel Bonomi, explica que a situação no local ficou crítica com a saída da antiga diretoria. Atualmente, segundo ele, faltam equipamentos e há outros problemas na unidade. “Os funcionários atuam em más condições de trabalho. Temos superlotação, falta de equipamentos específicos para a monitorização dos pacientes, blocos cirúrgicos com falta de equipamentos e carrinhos de anestesia danificados”, conta. Segundo ele, maquinários novos foram entregues à unidade, mas a situação continua “muito aquém do que precisam”.

A Secretaria Municipal de Contagem afirmou que vai aguardar o relatório do CRM e da Sbot para se pronunciar sobre o assunto. .