Jornal Estado de Minas

Imagens de câmeras de segurança vão ajudar na identificação de ladrões de banco em MG

Cinco criminosos fizeram funcionários e clientes reféns durante um assalto na tarde desta quinta-feira em Nazareno, na região do Campo das Vertentes. O grupo fugiu levando dinheiro e uma caminhonete, que foi encontrada horas depois

João Henrique do Vale
Imagens das câmeras de segurança de uma agência do Banco Itaú e de residências vizinhas vão ajudar a polícia na identificação de uma quadrilha que assaltou o imóvel na tarde desta quinta-feira em Nazareno, na região do Campo das Vertentes.
Armados, os criminosos fugiram levando uma quantia em dinheiro ainda não contabilizada. Um cerco foi feito em cidades próximas, até com o helicóptero da Polícia Militar, mas ninguém foi preso.

A ação dos criminosos aconteceu por volta das 13h. Cinco homens armados com revólveres pararam um Fiat Uno verde claro na porta do banco. Três criminosos desceram e entraram na agência, que fica no Centro de Nazareno. Enquanto isso, outros dois assaltantes ficaram do lado de fora dando cobertura ao grupo.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o trio rendeu os seguranças da agência e em seguida foram direto ao caixa, onde pegaram uma quantia em dinheiro.
Em seguida, também roubaram um pequeno cofre que estava no local.

Antes de fugirem, os criminosos exigiram que o gerente do banco entregasse as chaves de uma caminhonete, que estava parada próximo ao local. O grupo fugiu no veículo e no Fiat Uno. A PM foi acionada e montou um cerco na região para tentar capturar o bando.

A caminhonete do gerente acabou encontrada em uma estrada vicinal na zona rural da cidade. “Ela estava há uns dois quilômetros da entrada da cidade”, explica o soldado Fernando Costa, que participou da operação. Os policiais fizeram um cerco nas rodovias próximas da região para tentar evitar a fuga da quadrilha para cidades vizinhas. “Não sabemos em que direção eles foram. Podem ter ido para Lavras, São João del Rey, Bom Sucesso ou outros municípios. Vamos manter o cerco, pois estamos na expectativa de encontrá-los”, afirmou.

Ataques em Minas

O assalto desta tarde aumentou ainda mais o medo dos moradores dos municípios nas redondezas do Sul de Minas, que vem sofrendo ataques a ônibus desde a última terça-feira. No entanto, o pior episódio ocorreu em 22 de fevereiro, quando integrantes de uma quadrilha foram mortos durante operação montada pelas polícias Civil de Minas e São Paulo, além da PM mineira, em Itamonte, no Sul do estado. No balanço inicial, oito foram mortos e quatro foram presos.

Dois dias depois, outro acusado morreu depois de trocar tiros com a polícia em uma rodovia de São Paulo.
Ele e um comparsa haviam sequestrado um taxista que foi obrigado a dirigir durante a fuga de Itamonte. O outro acusado foi preso. O sexto suspeito a ser detido foi encontrado em Cambuquira, também no Sul de Minas. As polícias Civil de Minas e São Paulo continuam trabalhando para prender o restante da quadrilha, que deve chegar a 25 pessoas. Todo o grupo é de cidades da região metropolitana paulista e já teve atuação em Itamonte, além de outras cidades mineiras.

Desde terça-feira, as cidades de Itajubá e Poços de Caldas foram palcos de uma série de ataques. Pelo menos três ônibus foram queimados, a casa de um agente penitenciário e um presídio foram atingidos por tiros. O delegado regional de Itajubá, Pedro Henrique Rabelo Bezerra, não descartou a relação desses casos com a o episódio na cidade de Itamonte. .