Jornal Estado de Minas

Ministério Público contesta qualidade da água fornecida em Elói Mendes, no Sul do Estado

Moradores da cidade afirmam que a água não tem condições de ser consumida. A Prefeitura informou que apenas o serviço de água e esgoto irá se pronunciar

A cidade de Elói Mendes, Região Sul de Minas, e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), vão responder a uma ação Civil Pública aberta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), sobre a má qualidade da água fornecida pelo município

No dia sete de janeiro deste ano, a Promotoria de Justiça da cidade recebeu uma denúncia de um morador de que a água de vários bairros estaria turva e amarelada.

Posteriormente foi feita uma vigilância pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, e o relatório concluiu que a água estava imprópria para consumo e que colocava em risco a saúde dos cidadãos.

De acordo com José Carlos de Oliveira, 34 anos, que é morador do centro da cidade, os moradores tem de racionar a água. "Estamos convivendo com essa situação desde o mês passado. Usamos a água encanda apenas para lavar a casa e tomar banho. E água encanada está muito amarelada. Para consumir, eu trago do meu sítio que é aqui na zona rual. Os vizinhos estão passando dificuldade", disse. Já a moradora Elisângela Cruz, 33, também do centro, pede uma solução urgente para o caso.
"Não temos mais condições de conviver com essa situação. Tenho filhos e é complicado ficar sem água", afirmou.

A ação do Ministério Público pede que a cobrança da conta de água seja suspensa e que o fornecimento passe por constantes manutenções. A Prefeitura de Elói Mendes não se pronunciou sobre o assunto. O diretor do Serviço Autônomo de Água Esgoto, José Maurício dos Reis, não foi encontrado pelo em.com.br para se posicionar a respeito do caso.

Até que haja a comprovação do fornecimento normal na cidade, a população deve ferver a água antes de consumi-la.

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